Comics Rules :)


Durante muito tempo, demasiado penso eu, a B.D (gibis, comics ) foi considerada uma sub cultura, sempre distante da arte escrita e da expressão artística. Isto porque o conceito de arte sempre andou na mão de uns poucos críticos aparvalhados, de estética egocêntrica e hermética. O que o guru da arte dizia era lei, mesmo que não se gostasse ou achasse alguma graça nisso. Porque como cultura era considerada um privilégio de uma elite reduzida e selecta, a B.D , popular e simples não encaixava bem nos moldes destes anormais conhecedores de arte.

Arte como tudo na vida é subjectiva, é mais ainda, baseia-se na própria cultura onde nasceu, permitindo não só o reflexo dela, como a possibilidade de novos conceitos e até de uma revolução: a contra-cultura. Mas isso só foi bem aceite lá pelos idos dos anos 70 e com a revolução cultural e artística criada por Andy Warhol, com as suas latinhas de sopa e o retrato da Marilyn colorida e massificada. O recado era esse mesmo: popularizar e distribuir arte.

Com a crise no sector das ideias e de novos argumentos para filmes, não foi surpresa nenhuma que fossem socorrer-se dos argumentos de gente que, há que tempos, fazia a mente de muitos divagar por outros lugares e com outros heróis. Aliás, já escrevi sobre isso no post "Sustos que uma pessoa apanha", onde por força de um presidente "afro-americano" morre um aranhiço e dá-se lugar à outro da mesma raiz cultural. Não fosse assim tão forte a mensagem que a B.D passa, jamais o Capitão América teria visto a luz do dia, já que nasceu em prol de moralizar o povo americano recém entrado na guerra.

Já me confessei uma ned em estado controlado há uns tempos, e fui sim uma ávida consumidora de B.D, seguia Marvel e por isso mesmo a cultura da banda desenhada é tão querida pra mim.

Neste momento, com ainda uma maior crise de argumentistas sem grandes ideias dentro do roteiro comercial (que nos valham os argumentistas do roteiro de cinema independente) naturalmente voltar aos personagens da Marvel não seria inesperado. E mesmo por acaso, numa conversa cá no castelo, o meu filho perguntou sobre qual a banda desenhada de ficção científica mais antiga a ser publicada, e admito que só me lembrava do Flash Gordon de 1934. Daí deitei mãos à obra e fui saber de algumas coisas interessantes.

Pra já, os Avengers, uma mistura de todos os personagens da Marvel, onde entram todos e que eu seguia com regularidade nos quadradinhos está pra ser lançado ainda este ano nos cinemas em 3D. Depois de uma discussão pra lá de infantilóide entre a Sony (detentora dos direitos do Homem Aranha) e a Marvel, por coisinhas que se devem aos direitos de autor e todo esse babado de gananciosos, o filme há de estrear lá pelos idos do Verão.



Por outro lado e em seguimento da conversa do meu filho , tinha descoberto que, a banda desenhada popularizada antes de Flash Gordon, foi.... John Carter de 1912. Ora bem, como memória de povo é como a de peixinho dourado (praí uns 3 min) pegaram nesta história em B.D e colocaram em filme que também há de estrear lá pelo Verão. O caricato da situação quando fui pegar o trailer no Tube, foram os comentários.... é que tem povinho que pensa que é uma mistura de Avatar e Gladiador. E quem comenta, na maior parte é o nacional de onde vem o filme, esquecendo que faz parte da sua cultura desde há cem anos atrás... é no mínimo deprimente. Que a gente não saiba, ainda vá, mas caraças.... é produto nacional....


Se o filme não prestar pra mais nada, que pelo menos nos valha o Kashmmir dos Led Zeppelin na banda sonora...

Apareçam

Rakel

Comentários

  1. Boas amiga!
    Agora ando um pouco desaparecida porque mudei de atividade profissional e já não dá para vir cá com tanta regularidade.
    Era só para te dizer que quando abro o blog aparece uma página de publicidade associada.
    Como não sabia se tinhas conhecimento...é que fazerem dinheiro à tua custa, vê se ganhas alguma coisa.

    Bj e continua a boa escrita.

    P.S. Se não quiseres não publiques, era só mesmo para te avisar

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