Os Pés Furados - A Reflexão Sobre Édipo





Provavelmente, para quem vive fora deste país onde vivo, será um post sem pés nem cabeça: no entanto, mesmo que duvidem da minha sanidade mental, vou arriscar mais uma vez e fazer um simples exercício filosófico. Fica ai critério de quem lê, as suas conclusões.

Então começo com Édipo. Literalmente o nome significa "pés furados", e é isso que vou usar como plataforma do assunto.

Então, o pai de Édipo, de seu nome Laio, antes de casar com Jocasta, decidiu ir ao oráculo de Delfos, o melhor lugar na altura para saber o futuro, para saber se continuaria Rei e o que poderia ter no futuro. O oráculo era um tipo de raspadinha, que tanto poderia sair a sorte grande como sair desiludido. No caso de Laio a coisa não se apresentou da melhor maneira. Dizia o oráculo que se ele tivesse um filho, este o mataria, casaria com a sua própria mãe e seria Rei.

Laio não achou piada nenhuma a previsão, saiu de lá com as maiores dúvidas, mas... apaixonado pela jovem e bela Jocasta arriscou. Casou e pelo que é dito por alguns, numa noite de vinho com fartura deitou-se com a sua mulher e conceberam um filho. O homem andou aqueles nove meses roendo os dedos das mãos e dos pés a pensar em como resolver tamanho problema. O oráculo estaria correcto? Bom, até ao momento nunca houve quem dissesse que tivesse errado. Matar a criança a sangue frio logo ao nascimento? Ehhh pah...complicado e muito aterrador.

Chegado o dia do parto e fazendo figas que fosse uma menina Laio teve que admitir a derrota: nasce um rapagão, forte e bem feito e não houve escapatória. Enquanto a mãe adormecia após o parto, Laio agarrou na criança, levou-a para bem longe e subiu o Monte Citeron, onde para evitar que a criança saísse dali, pregou-lhe os pés no chão. Com pregos e martelo. Estão a ver a coisa?

Um pastor que por ali perto passava, ouvindo o choro de fome e frio, deu-se conta do recém nascido ali pregado ao chão. Comoveu-se com o infortúnio de uma alma tão inocente, despregou-o do solo, levou-o para a pobre casa e deu-lhe o nome de Édipo, o dos pés furados.

Encurtando a história, no fim das contas, por causa de uma passagem na estrada (isto dos problemas de trânsito já vem de longe) Édipo mata um desconhecido, o verdadeiro pai, vai para Tebas, conhece Jocasta, a recém viúva, casa com ela e tem três lindas criancinhas. Depois de uma ida à Delfos descobre o seu destino, arranca os olhos e vive em peregrinação apoiado numa das filhas.

Depois, muito depois, veio Dr. Freud e conseguiu numa pernada dois complexos (o de Édipo e de Electra) e eternizar o tipo com pés furados mais desgraçado da mitologia.

Então...

Nesta terra de sol e mar, em que a Costa vê tudo cor de rosa, nunca foi tão bom, enquanto médicos e enfermeiros levam porrada (e não se pode dizer quem são, só se dão cabazes de alimentos aos desfavorecidos, aí a comunicação social não tem pruridos em dar nome) a brilhante ideia de um ministro é dar chá e bolinhos aos utentes dos hospitais e formação em defesa pessoal aos médicos e enfermeiros. Quem paga isso senhor ministro?
...no entanto uma juíza é agredida e a coisa toma outro rumo, mesmo que a polícia leve pela mesma tabela, de levar na boca, mas esses tem que ficar caladitos e não levantar ondas (o velho, dois pesos, duas medidas). E se compram equipamento, é por que querem afinal, faz parte do trabalho, não?

Assisto a coisas fantásticas, curas que ultrapassam em muito as de Cristo, de gagueiras que passam (e sabe-se que quanto mais nervoso, mais gagueja-se), de caça a corrupção e um tipo que descobre os podres do futebol fica preso. O Salgado não, nem os outros aperitivos que sabemos envolvidos , estão livres e com todas as possibilidades do mundo.
Nunca estivemos tão bem, e no entanto as campanhas de angariação de alimentos nunca esteve tão activa, há cada vez mais gente a precisar desse apoio do que há 20, 30 anos atrás. Um betinho belfo que se ri de tudo e todos, carregado de dívidas, mas na boa.. ainda lhe emprestam mais dinheiro. Não faz mal, cobrem sem um pingo de remorso, aos que ficaram sem emprego e em situação precária. E senhoras e senhores, os contribuintes deste país estão a pagar essa dívida do betinho.

Descobre-se só agora, vejam lá... nunca ninguém pensou nisso, ou teve permissão para pensar, a pólvora sem chumbo (e não foi tirada de Tancos, ninguém sabe mesmo de onde saiu) e da fortuna obscena de uma senhora que só conseguiu-a por ter nascido numa oligarquia e... agora com as velas furadas e rombo no casco, é ver os ratos a saírem a correr. No entanto, mais conluios serão descobertos mas... podem fazer como fez o Lula e o Sr. Engenheiro: podem dizer que nada é deles, mas sim dum amigo, Não usem Paris, que já está batido, mas Milão, Budapeste, porquê não?

Eu não sou o Oráculo de Delfos, longe de mim tamanha responsabilidade, mas também não é preciso ter um QI 198 para perceber que...

...com essa mania de dar tiros nos pés, este socialismo que se apresenta, já deu o que tinha a dar. Com muita pena minha, aquilo que se propunha ser uma alternativa social e progressista, mostrou mais pobre e podre do que tudo quanto criticavam aos anteriores regimes. Não souberam gerir e mostrar que eram melhores; daqui, no Brasil, em França (e olha, lá os coletes amarelos não baixaram os braços, é só a comunicação social a não dar grande relevo), China ...ô Hong Kong, estão no meu coração e continuem a apelar à liberdade de expressão e de ideias! Se o canal do Chega no YouTube tem mais de 34 mil subscritores, não são visualizações, é gente que subscreve, superior em muito, a soma de todos os canais dos demais partidos, é coisa para dizer, não se admirem. Tal como Laio ignorou o presságio, os de visão cor de rosa terão que se ver com o destino feito pelas Parcas.


A Jangada vai virar, mais ano, menos ano, a estibordo já que o bombordo é só tiros nos pés...podem chamar-me de Cassandra, mas no fim, lo veremos.


Rakel.


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