Antes Tarde Que Mais tarde






Finalmente a malta deu-se conta que o mundo Google é aquela armadilha mortal de peso (como consome RAM essa desgraceira), observância da vida alheia e da censura pura e simples da opinião dos usuários. Pelo mesmo caminho anda já o Tube, machadando (e o direito de livre expressão senhora?) tudo que não encaixe com a ditadura dos SJW e dessa merdunça toda do "correcto" mal amanhado. As plataformas de vídeo que ainda não se deram conta, comecem por melhorar que não tarda nada a debanda será igual ao do Google. A quantidade de gente que já navega no TOR e homólogos é gritante.

Na verdade, o pai da Internet deve estar a rebolar os ossos na cova, já que de livre ela de momento não tem nada; avisinham-se tempos ainda mais difíceis. É só dar mais um tempinho e verão.

No entanto, enquanto cada bufa que a dona Mandona dá é notícia por cá, sendo que, tarda nada a senhora há-de samplear qualquer sucesso alheio para tentar novamente alcançar os tops do mundo e ohhhh, darem vivas e alvíssaras por ter desovado algo tão genial e tudo e tudo. E compram e passam na rádio vezes sem conta.

E enquanto nos vendem essa mistura pop, já para não falar dessa moda de um pop chanfrado dos meninos bonitos e de cérebro de ervilha e do popularucho de festa de santos e aldeias, uma pessoa pergunta-se: mas que raio, onde pára a música? Da boa, da que descontrai, que nos leva a puxar das cores e pintar a tela em branco, ou a desatar a escrever. Daquela que apetece abrir uma garrafa de vinho bom, aquela garrafa escondida (que a gente diz que está guardada para uma ocasião especial) e que sabemos que vai tão bem com a lareira acesa, os pés no puff, deixar tocar a melodia e apenas... sentir e deixar o pensamento divagar?

Pois, me perdoem os poetas urbanos, que falam de sentimentos de troca e já fostes por dá cá aquela palha e até salta a peruca, que agir é mais ou menos falar mal e porcamente, mas com contexto de intervenção de quem tirou o 4º ano por correspondência, repito, perdoem-me, mas isto já foi melhor.

Arrepia-me a coluna ao pensar no próximo representante nacional no eurofestival (que nem vai ser na Europa) e que provavelmente será  um tipo em truces a dançar ao lado do...intérprete, fazendo despencar dum salvador ao capeta.

Não há divulgação equilibrada no mundo da música. Se uma pessoa quer ouvir algo de novo, em vez de ficar em looping a ouvir os da velha guarda até a exaustão, tem que então munir-se de paciência e garimpar muito. Mas mesmo muito.

Aqui no blog vou colocando um ou outro post de música, não por que ganhe alguma coisa com isso: nunca foi meu objectivo colocar publicidade e ganhar às custas dele; há quem ache que estou a fazer mal, que com o volume de visitas eu faria uma boa colecta e que toda gente faz assim, que raio!!

No entanto, ao invés de reclamar todas as semanas pela falta de divulgação e interesse das editoras a dar a conhecer os seus bons músicos e trabalhos, prefiro coloca-los aqui e deixar ao visitante a possibilidade de ouvir e escolher se gosta ou não.

Infelizmente, no que toca ao nacional, vou ter que buscar em algumas fontes que já deixaram de fluir, pois o panorama actual de bacalhau e azeitonas não é bem a minha onda. Podem encher salas, mas francamente, não, nop... credo.


Enfim, a ver se acho mais tempo para debruçar-me (com jeitinho) sobre outros assuntos que ando a maturar para não entrar a matar.

Inté! 

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