Pega-se numa menina em tenra idade, naquela idade que pode ser moldada ao gosto das necessidades, um telemóvel com câmara e fomentar nessa criancinha de ar angélico, olhos e cabelos claros, a dar tabefes aos soldados (e vê-se perfeitamente, desde pequenina a olhar para quem a filmava antes de fazer aquelas figurinhas) em nome da paz.
Aí a menina cresce e torna-se numa jovem mulher que toma por adquirido que ainda pode andar a estalada aos soldados, sempre com alguém a colocar como protagonista do filme imediato, sem que nada se passe, sem consequências.
E o mundo ensandecido acha que esta jovem é um símbolo de liberdade e paz dando estaladas, e comemora a sua libertação, ajudando esse ego mal moldado a inchar mais um bocadinho.
Está o monstrinho criado.
Eu ainda tenho uma certa dificuldade nessa dicotomia entre bombas para fazer a paz...mas como se calhar o meu Q.I não é muito alto, estas coisas parecem-me ainda confusas.
Há no entanto essa carneirada toda que acha que sim, muito bem, esta moça criada desde cedo para se tornar estrela da novela Israel/ Palestina. Bofeta e intifada, venha o capeta e escolha.
A bem dizer tanto um lado como outro, desde o tempo do pai Abraão andam a estalada e sem solução e nenhum tem razão.
E cria-se uma geração que olha para quem os filma, que espera estar a fazer tudo para ficar bem no enredo.
O pior, é que nada muda.
Rakel.
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