Está perto de fazer um ano que a minha T.V finou-se depois de 12 anos incansáveis a me entreter, a deixar-me perplexa, maravilhada ou então completamente emputecida. Variava pelo que ia passando nela, fosse sobre as maravilhas naturais, vencer um boss de nivel XPTO ultra ou então com o telejornal. Como na minha actual conjuntura comprar outra está longe da lista de prioridades, então estou meio que alheia ao que se passa nesse mundo que nos despejam em casa, ao gosto de quem programa e nos programa.
É certo que a consola agora está encostada, os meus filmes também, mas de certa maneira começou-se por tornar normal o serão ou a ler ou a, vejam só, a conversar. Desencantados os tabuleiros de jogos (e continuo falindo no monopólio feito o BES) e ansiando por encontrar o Risco (também não encontrando onde pára o UNO joga-se Mau Mau que é a mesma coisa) quando não há disputa de Crapô. Esta abençoada ignorância que me transportou novamente ao tempo que uma pessoa não ficava o serão todo no sofá em estilo "missa de corpo presente" tem sido interessante.
Por outro lado, algumas coisas tem-me escapado do radar; uma delas é sobre esse tal do Goldman Sachs, aquele "indicador" mundial que anda a colocar e a tirar países do estatuto de lixo. Passou na RTP2, canal público nacional, meio que o primo enjeitado, mas que vai passando documentários e filmes interessantes.
Digamos que, embora não sendo completamente tapada e sabendo de antemão que o controle dos países não está nas mãos dos seus governantes mas sim de "grupos financeiros" e "grupos de influência", acabei por perceber que o buraco é negro e assustadoramente enorme. E que essas movimentações obscuras e pouco faladas são ao mesmo tempo sedutoras para quem tem um preço estampado na testa.
Deixo aqui o documentário e sem mais comentários, pois ainda estou a digerir isto tudo e pensando que uma ilha perdida no Atlântico torna-se cada vez mais um sonho a realizar...
GOLDMAN SACHS - O BANCO QUE DIRIGE O MUNDO / La Banque qui Dirige le Monde (2012) from fimda estrada on Vimeo.
Rakel.
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