E acontece mesmo assim: floresce sem sabermos como, numa beirada de calçada ou num encontrão pelo mundo; floresce com qualquer bocado de água jogada ou uma chuva inesperada. Depois é ver como muda; frutifica ou não, acabando muitas vezes por desfazer-se com a brisa mais forte ou aos bocados. E cada bocado que vai leva com ele um bocado da lembrança, o cansaço e também sonho.
Por vezes as palavras e as pessoas são assim, dentes de leão que resistem e nascem nos lugares mais estranhos dentro de nós, mas acabam sempre num sopro de vento, ficando o caule seco que se esquece que já foi leve e simples.
E já tem sido gente demais a ser levada num sopro...
... e foi.
Rakel.
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