Relatividade



A Física, como ramo da ciência, é daquelas coisas que pouco prestamos atenção; depois de termos queimado as pestanas em decorar fórmulas, vectores e mais essa traquitana toda, esquecemos de como ela faz parte da nossa vida de formas muito simples. Acredito que, por causa dessa linguagem enigmatica e complicada que é a matemática, esquecemos dos princípios básicos que regem essa tão interessante matéria de estudo. Segundo consta, a Física analisa e explica os fenómenos que nos rodeiam.

Assim, numa banhoca corriqueira, o tio Arquimedes gritou Eureka! depois de ter deixado a casa de banho toda inundada (não era ele que limpava, né?) quando mergulhou na banheira e percebeu que aquilo que transbordou era equivalente à sua massa corpórea. Muito tempo depois, tio Pascal aprimorou essa descoberta, sem molhar a casa de banho toda e sem correr nu pela cidade. Tio Newton levou com uma maçã na pinha numa daquelas tardes quentes, que pedem sesta e dolce far niente e começou os princípios da Lei da Gravidade. Depois teve o tio Eistein que entre outras coisas considerou o tempo relativo e estudou essa lei que chega aos dias de hoje reciclada, pois há quem diga que a fórmula está errada. O princípio continua o mesmo, e vamos descobrindo aos poucos que o Universo obedece às leis mais simples e até agora imutáveis.

Aplicando cada uma destas regras científicas de doutos pensadores, chegamos aos dias de hoje aplicando de outras maneiras.

Tendo como certeza que o Universo se baseia nestas leis que tantos pensadores vem tentando traduzir e que nos afectam directamente podemos concluir que:

A lei da acção que provoca uma reacção pode levar um tempo relativo; que por muito que algo ou alguém suba, pela lei da gravidade fica sujeito ao "tudo o que sobe tem que descer". Que o tanto que uma pessoa faz e ocupa de espaço é igual àquele que vai deitar por borda fora.

E tem gente que na sua imensa arrogância pensa que fica imune destas leis tão básicas de retorno e dos impulsos; dos que usam os outros como rampa de lançamento e que depois de voar alto por um tempo relativamente  medido pela física, estatelam-se no chão por força da gravidade e pela lei da reacção de quem ninguém escapa.

É então relativo todo este passar por cima dos outros e pensar-se imune de todo e qualquer problema; o Universo faz e refaz-se há milénios e mesmo assim, obedece à uma ordem natural e primordial.

É caso para dizer, vale a pena repensar prioridades e aquilo que fazemos, pensar seriamente na reacção que poderá provocar.


Rakel.

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