A bem dizer, se quero realmente conhecer novidades musicais, as lufadas de ar fresco, tenho que abrir mão da rádio. Noutros tempos sim, era no Rock em Stock com o Luís Filipe Barros que conhecia as tendências, as novidades, os novos sons de cá e do resto do mundo. Religiosamente, comprava o Musicalíssimo e depois o Blitz, que sim, começou como jornal musical. Eram os meus faróis nessa imensidão que foi o estouro musical dos anos 80 e começo dos 90. Digamos que peguei o Musicalíssimo já no fim e o começo do Blitz, e mesmo assim ainda peguei os dois ao mesmo tempo.
Rock Em Stock foi realmente o trampolim de muitas bandas e, para mim que não perdia o programa, era uma janela aberta para a uma data de coisas. Era a época do vinil, de poupar quanto podia entre o cinema e as arcadas para poder comprar os almejados sons. Falhou-me muitas vezes a disciplina para comprar os que queria e foi já, neste século que consegui comprar o Closer dos Joy Division entre outros marcantes.
De momento, se quero ouvir algo de novo ou tento descobrir outros sons, ou socorro-me dos amigos que tem a gentileza de repartir descobertas, ou então, fazemos de Indiana Jones e saímos à caça dos tesouros perdidos nestas florestas de rebolations e vozes em autotune, em que qualquer esganiçado vira virtuoso musical. Ainda tenho traumas de ter ouvido o marido da Kim Tanajura, o Kanye a esganiçar o "Bohemian Rhapsody" ao vivo num festival na Escócia e adivinho o Fred revirando-se no pó (já que foi cremado) ao ouvir aquele crocitar arrepiante. Ninguém merece...
Enfim...
Lá pelos lados do frio intenso, do Sol da Meia Noite, do valoroso e destemido povo do norte da Europa, tem oferecido não só escolhas variadas, mas bastante originais. Desde a estética musical e visual/conceito de imagem tipo Bjork, passando por Sigur Ros, H.I.M, Apocalyptica, Satyricon, passando por Faun e indo por aí a fora. Entrando no metal pesado , passando pelo folck metal, post-rock ao sinfónico há de tudo um pouco, é só escolher e dar-se ao trabalho de escutar com calma os sons e o que tem a dizer.
Deram-me a conhecer Aurora, uma mocinha norueguesa que integra o género Synthpop ou um novo minimalismo. Não será uma Tarja, nem uma Simone, ou uma Cristina (o meu trio preferido de divas) mas... gostei como soou nos meus ouvidos e do que foi capaz de transmitir.
...correndo com os lobos...
Apareçam
Rakel.
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