Já falei algumas vezes aqui, sobre a falta de originalidade que o mundo cinematográfico tem vindo a mostrar desde que entrou no século XXI. É um buscar contínuo nos quadradinhos da Marvel e da D.C os argumentos para estourar bilheteiras e colocar as carinhas larocas da representação. Qual é a mulher que não ficou a ver o Chris Hemsworth sem camisa e a andar naqueles poucos segundos de fita quando ele ia falar com a Natalie Portman e pensou que aquilo era "poesia em movimento"? Eu pensei, verdade seja dita. Mas dizer que aquele filme é um portento de história e que será sem dúvida um dos melhores deste novo século... já é pedir muito.
Há os filmes como esse, que são apenas colírio para os olhos, e entre as mudanças previstas para o Bond, James Bond que se esperam e tem gerado polémica, de um Ben Affleck a fazer de Batman, com muita pena minha, já que o Christian Bale fazia bem esse papel, de pegarem caras da música para as telas (e isso nunca deu certo, nem com o Elvis que, meu santo pacotinho, era um canastrão) as coisas realmente estão tristes. Remakes e mais remakes, vem daí o novo Blade Runner, um verdadeiro filme de culto, baseado no livro de Philip Dick, e veremos até que ponto há-de desbancar o antigo e fazer melhor ou se só será uma aposta nos efeitos visuais.
No que toca o cinema europeu, embora sem a projecção e o markting que os filmes made in Hollywood conseguem, mesmo assim vem fazendo boas fitas, boas histórias e ideias interessantes despegando dos quadrinhos e carinhas larocas. Francamente sou apologista da qualidade contra a quantidade, e talvez por isso mesmo, com os cofres mais apertados, os financiamentos mais curtos, há que apostar em poucos mas bons filmes. É uma questão de bom senso e visão realista.
Ando virada neste momento para os filmes asiáticos, 3 deles merecem menção:
The Client : uma mulher desaparece mas deixa sinais evidentes de crime mas sem corpo...como se pode provar isso e o culpado?
Holyday : um filme que custou-me ver até ao fim pela violência e enormidade que são as necessidades de maquilhar um país que recebe os Jogos Olímpicos.
Sad Movie : quatro histórias diferentes, mas sem final feliz como acontece na maior parte das vezes. Pensamos sempre que há tempo...
Voltando a vaca fria, no que toca de adaptações cinematográficas, houve aquele filme... que realmente foi como uma tentativa de ser diferente mas que foi tão inverossímil que me divertiu por justamente ser estúpido: colocar Abraham Lincoln como caçador de vampiros... essa foi sem dúvida a ideia mais chanfrada de que tenho memória.
Então, andando por algumas pesquisas e querendo ver alguma coisa menos delicodoce, e querendo ver o que andei a perder...dou de caras com um filme que não me lembro de ver anunciado para os cinemas e que perdi a oportunidade de ver na altura que saiu , 2011, o The Raven. O enredo é feito com base nos contos de Edgar Allan Poe, (poeta, romancista e primeiro escritor americano no estilo gótico) e de um serial killer que usa tudo o que ele escreve para fazer as suas maldades. Com um John Cusack a fazer de Poe e uma época deveras interessante em termos estéticos, este filme que não vi e nem ouvi falar chamou-me a atenção.
Veremos até que ponto souberam pegar nesse homem atormentado, sombrio e talentoso e não denegriram os escritor do célebre poema The Raven. (never more, never more)
Apareçam
Rakel.
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