A lei natural é bastante simples: atacas os que não tem nada com o assunto e o ataque vira-se contra ti. Simples assim.
Anteriormente já tinha postado um bocado sobre essa insensatez da ACAPOR de atacar as partilhas e as cópias pessoais de filmes e música aqui no Império Luso. Da mesma forma como na década de 80 os donos das grandes salas de cinema atacavam forte e feio os video-clubes, neste novo milénio foi a vez dos video-clubes atacarem os sites de filmes e música gratuitos. E como se costuma dizer... o buraco é mais em baixo.
Apontar o dedo neste caso, de falta de fregueses a levantar uns vídeos para ver no fim de semana, será necessariamente de dois pontos de vista: se uma pessoa paga para estar na Net, usufrui daquilo que está ao dispor. Segundo, na esmagadora maioria os clubes de vídeo (ou DVD, claro) oferecem sempre a mesma paleta de cores: os mais conhecidos e os clássicos. Cinema de autor, cinema europeu, cinema asiático, do médio oriente, dos festivais... passam ao lado. E por incrível que pareça, e felizmente, há uma boa fatia de público virado para o cinema independente e de autor, que morre e se aporrinha nas estantes dos clássicos, dos Van Dame & companhia e das comédias românticas de tarde de sábado chuvoso. Sem falar no caso dos custos: a malta anda tesa e não é da forma mais divertida, diga-se de passagem.
Agora, finalmente percebendo que o público não foi a correr aos clubes de DVDs desde que a OXE7, a Piratetuga ou a Wareztuga foram impelidos a fechar por esse senhor presidente da ACAPOR, fez-se luz neste cérebro e já se vota na extinção da associação. Aleeeee-Luuuuuuu-Iaaaaaaaaaaaaaaaa... (em capela)
O mundo muda conforme as pessoas decidem mudar também, o que servia há 20 anos, agora deixou de servir. As exigências continuam a ser maiores e não é o facto de mudar do VHS para DVD que as coisas continuam na mesma. Oferta e procura fazem-se pelo mesmo caminho, a das necessidades e das , motivações.
Antigamente, o que estava a dar era pintar nos muros um "Governo Rua" ou um "Viva a Revolução", agora atacam os sites dos desGovernos e grandes manipuladores sociais. As ferramentas mudam da mesma forma que os aparelhos e máquinas mudam.
No final da reportagem, acabo por ver que o sr. presidente da ACAPOR não vai ficar na rua da amargura, não, que ideia, ele é um sobrevivente. É um advogado, e portanto.... deixa pra lá, já sabemos que herdarão (todos os advogados) o mundo após o Apocalipse Atómico juntamente com os ratos e as baratas.
E assim ficou tudo explicado.
Apareçam
Rakel.
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