Uma Questão de Bunda



Nós aqui por terras lusas com universidades perdendo alunos, investimento em pesquisas e mais um par de botas e a ilustre universidade de Oxford a gastar rios de dinheiro em pesquisas... estranhas. Acabei de ler uma...que me levou a escrever este post. Estudaram a relação do tamanho das nádegas femininas e a longevidade além de inteligência. Como pretendo discorrer sobre o assunto e poderá descambar um bocado, socorro-me dos termos dos dois lados do Atlântico: rabo ou bunda. Acho nádegas um termo muito formal dado o tipo de assunto.

E aqui vamos nós...

Já os antropólogos diziam que, nas tribos ancestrais eram adoradas e reverenciadas as mulheres fartas de carnes: era uma forma de predizer que uma mulher assim, simbolizava fertilidade e seria uma parideira formidável. Não é a toa que a primeira representação feminina foi feita com uma mulher de corpo avantajado. A Vénus de Willendorf é o exemplo do reflexo desta cultura ancestral do bundão.


Entretanto, com o passar dos séculos  e das diferentes formas e escolhas estéticas, o tamanho e admiração pelo back side feminino variavam, mas no todo, na falta de um rabo empinado e jeitoso, fez-se uso das anquinhas, merinaques e outras formas de parecer ser avantajada de bumbum. No velho estilo "me engana que eu gosto" estes artefatos foram de certa forma do agrado geral já que os homens sentem-se fascinados pelo modo como as ancas mexem-se em cada passo. 

Anos 60 e a Twiggy trouxeram a mulher com ar de cabide e olhar faminto, e toda mulher queria ser magra, muito magra. Nada de rabo, nada de mamocas nada de nada. E o tempo passou entre fumo, Sofia Lorem e suas ancas generosas, entra-se nos 70 com uma Rachel Welsh curvelínia e bela bunda.

Ok, o ponto de vista está entendido, hoje em dia, uma bunda embrulhada em leggins ou numa calça de yoga acena para todos os olhares, sejam de homens rendidos ou mulheres desejosas de ter a mesma atenção. De tal maneira que há montes de vídeos na net de homens vestindo leggins e enganando outros homens com as curvas delineadas.

Os cientistas de Oxford então acharam uma pesquisa interessante e ao mesmo tempo... inútil? que promove a bunda grande como passagem para a longevidade e um Q.I invejável. É que isso tudo é alcançável apenas se tiver cintura fina. Danou-se. Se pensou que ia ganhar viver mais e ser inteligente comendo como uma lontra e deixando-se ficar aboborando no sofá... saiu o tiro pela culatra. Tem que ter cintura F-I-N-A. 

Anos e anos de mulheres a contar calorias, ginasticando e consultando nutricionistas com o fito de alcançarem uma silueta equilibrada e perfeita, sendo tido e havido que era INTELIGENTE viver assim, agora os de Oxford deitarem tanto esforço, suor e lágrimas por terra. Anos de investimento em livros, estudos, graduações e mestrados, quando tudo se resolve tendo bundão. 

Fazendo as contas o resultado é este:

Inteligência e cultura são parecidos , mas coisas diferentes. No quesito ter ou não ter rabo grande, o assunto é pessoal. Ou decide-se aceitar o que a natureza deu pouco ou generosamente, e então trabalha-se (ou implanta-se) para conseguir alcançar esse fito. Mas a questão é... não é para viver mais tempo, ou combater diabetes e ficar inteligente. É para sentir-se gostosa. Ou enraivecida porque o raio da calça encalha na subida pelas ancas, pensando que os estilistas e criadores de moda não levam em conta que o metabolismo é uma cabra depois dos 30. E que chamar alguém de bundão (termo pejorativo ao banana, sem acção e parco de ideias) já não é ofensa...

...é elogio.

Nesse caso, seria interessante estudar o quesito inteligencia comparando golfinhos e hipopótamos...certo?
Tantos cientistas portugueses geniais sem dinheiro para pesquisas úteis e andam os ingleses a estudar bundas...


Apareçam

Rakel.

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