Quanto mais observo... menos entendo. A pena que me dá de ver as Instituições de Doença Mental a fecharem... com tanto freguês a solta...
Há uns tempos fiz um post sobre o Amor é Fodido, baseado na minha perspectiva, do livro do MEC, o tal tipo dos óculos de aros redondos ou lá o que seja, mas com aquele tique irritante de cascavel linguaruda. Dizia eu nesse post, que o Zé lá do livro só se apaixonava pelo mesmo tipo de mulheres que o faziam sofrer da mesma forma. Um tipo de dedo podre para relações. Quem já leu o livro deve ter-se dado conta que nem por isso acaba bem, mesmo tendo ficado no fim com o primeiro grande amor.
Agora o MEC volta a carga com um Elogio ao Amor Puro... que na minha modesta opinião, espero bem que seja só o MEC a ter esta visão do amor. No entender dele, amar tem que ser uma coisa puxada para tragédia de faca e alguidar, daquelas que uma pessoa já ultrapassa a obsessão, encarrilha na paranóia e acaba tudo na esquadra, com termo de residência e mais um papelito a dizer que não se pode aproximar dela/e e nem entrar em contacto. Isso, na opinião do MEC é amor a sério. Tem que doer, tem que magoar e tem que ser superlativo. C'umcatano... algo não está bem.
Bato-lhe, mas depois encho-lhe os braços de rosas (pelo menos tapa as nódoas negras), digo que foi só desta vez, mas a amo tanto, mas tanto, que não a posso ver falar com ninguém. Amor a sério, daqueles que eu sei perfeitamente que ela disse não, não quero, mas força-se um bocadinho, usasse se for necessário a força bruta e ela há de gostar tanto como eu. Não, não quero que ela trabalhe fora, nem que tenha amigas que lhes metam ideias malucas na cabeça. O meu amor, esse amor puro é só dela e chega para tudo, até que a morte dela nos separe. Não, não aceito separações, o que é meu não há de ser de mais ninguém, nem que eu a mate e me mate a seguir. Ou então, se ela conseguiu me convencer a trabalhar, vou lá e armo um escabeche de todo tamanho, pois assim ficam a saber que não me comem as papas na cabeça. Pois isto... é amor de verdade, romântico, pois sim, dou-lhe prendas depois de cada zaragata, da última vez foram uns óculos de marca mesmo a justa para tapar uma nódoa no olho esquerdo, tadita, escorregou na passadeira e bateu com a cara na porta...
Foi num repente de amor desvairado, não esse que anda por aí, bananóide, nem desse romantismo assassinado, que a insultei, que disse ter sido ela a pior coisa que me aconteceu na vida, que desgraçadamente, eu, só eu a amo... tanto, mas tanto, que nunca consegui dizer-lhe isso de viva voz.
MEC, meu caro... vai te tratar...
Apareçam
Rakel.
Comentários
Enviar um comentário
Estamos ouvindo