Lá em baixo, no assunto M Negativo, toquei de leve no assunto de que o clã feminino é o que se trata pior, por despeito ou ressabiamento, um certo ADN de cabra ou até pelo simples facto de ser fã de Maquiavel, em suma, quando mulher quer sabota-se... e consegue raiar o ridículo.
De tantos problemas existentes no universo feminino (e calem-se lá com a cena da celulite, corram mais, andem de bicicleta e bebam água pra drenar) com juízas obtusas ao mesmo tempo que no canal do Estado se publicita que toda mulher mal tratada tem onde conseguir apoio, mesmo assim, duas senhoras do B.E querem acabar com o piropo e coloca-lo no mesmo nível ... de quê ao certo, crime de difamação?? Antevejo, não tarda nada, que as forças de segurança do país resgatem uma antiga lei que continua em vigor, que permite ao senhores agentes multar aqueles que, na via pública, soltarem um flato, flatar por assim dizer. Pronto, dar um peido. Isto é do pior ridículo que há nos dias de hoje.
Minhas senhoras do B.E, francamente, há uma diferença tremenda entre o trolha pendurado no andaime a mandar um : "és tão boa que te comia toda", de um chefe (seja um ele ou ela) que usa da sua posição de poder para obter, através de chantagem, favores sexuais. Uma diferença abismal, se me permitem. Muitas vezes, as queixas chegam ao tribunal e acaba tudo em águas de bacalhau, sendo a palavra delas contra a deles, não restando muito mais alternativas do que deixar uma carta de demissão em cima da mesa e trocar de emprego.
Vamos lá ver, piropo tem duas categorias: a batida e já de bengala de tão velhinha, ou aquela inovadora. Seja qual for, nos das de hoje ainda haver um homem que mande um piropo é coisa rara. Pra já, socializar é um assunto que, na maior parte dos casos, passa pelas redes sociais. Quando há socialização ao vivo e a cores, geralmente estamos perante os grupos, mal por mal, há sempre alguma segurança. De resto, por uma questão cultural, moral ou social, os homens aprenderam a deitar cá pra fora os pensamentos jocoso e de bravata. E que atire a primeira pedra a mulher que nunca passou por um homem que lhe agradou a vista e não pensou : "Anda cá canito... que a mãe não te faz mal..." não verbaliza, mas pensa...
Daí que me ponha a pensar que, embora hajam tantos animais abandonados, que não se responsabilizam os antigos donos, que alimentar um animal na rua pode valer uma multa brutal, estas senhoras resolveram, na falta do que fazer, ou de uma vida sexual pobrezinha, pegar no piropo como arma de respeito para as mulheres. Poderiam ter começado por perceber se realmente agressão física e mental é crime ou não, ou se a juíza que relevou para nada o assunto, precisa ou não de ser avaliada mentalmente. Ou no caso do psiquiatra que foi ilibado do crime de violação por, segundo reza a notícia, "não foi violento".
Isto sim é grave, merece toda a atenção, juntamente com a notícia da mulher torturada e espancada pelo ex-companheiro durante 20 horas. Chegou aos ouvidos dos calhordas que bater em mulher, na frente dos filhos e violar dá absolvição. É assim que o B.E espera ser uma opção?
Falando sério... diante destas anormalidades jurídicas, fico a pensar se um poder na sombra não faça por obrigar que esses crimes (por que o são) sejam relegados à nulidade, para que eles, os do poder na sombra, possam malhar nas respectivas mulheres sem que fiquem com uma beliscadura e saiam airosamente da situação. Uma espécie de preparação de terreno, começando no anónimo cidadão e acabando na realeza do poder.
Meninas do B. E, tenham tino, há coisas mais graves, mais importantes do que debater o problema do piropo e coloca-lo em mesma posição que o assédio sexual. A construção civil está de rastos, já pouca gente se dá ao luxo de andar a pé (e tá aí o problema da tal da celulite), há bares e cafés que só abrem depois das 17 horas. Piropos nos dias de hoje é quase como ouvir passarinhos a cantar de manhã em Lisboa. E se vos incomodam tanto que alguns tipos larguem um piropo ousado... batalhem na mesma modalidade... se tiverem coragem. :)
Convido-vos a assistir As Olívias e o tal do piropo na Hora da Quentinha, e peço o favor de que vejam até ao final mesmo... talvez aprendam que a fragilidade pode dar pros dois lados e que piropo, só manda quem tiver público pra assistir.
E vejam lá se arranjam mais tempo para "momentos felizes e descontração" do que ficar pegando em coisas ridículas como meio de respeitabilidade das mulheres. Anda praí meio mundo feminino a ser mal comido.. ou passando jejum prolongado.
Apareçam
Rakel.
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