Comparo, sem querer, os filmes de ontem e os que se fazem agora. Pior, vejo cada vez mais os argumentos dos jogos e banda desenhada a ganhar terreno à produções que vivem das bilheteiras. Embora o mestre Spielberg tenha cogitado que, a solução para as baixas idas ao grande ecrã passe por fazer menos mas aumentar o preço dos bilhetes,a verdade é sempre a mesma: a crise de originalidade.
Talvez por isso, essa tal crise de ideias geniais, cada vez mais vão buscar ao desconhecido e aos gostos mais populares (os jogos) maneiras de cativar o público. Pensem bem, longe vai o tempo que um filme como O Caçador (lá pelos fins dos anos 70) tornou-o num clássico. Não tinha uma porrada de efeitos especiais, os meninos bonitos eram homens, o argumento... era outra loiça. Um Taxi Driver, com um muito marado DeNiro, ou... O Padrinho, com um Marlon Brandon já velhote mas com carisma. Flores de Aço, drama sim com uma impagável Shirley MacLaine, ou Platton, Kramer contra Kramer... tudo envolto em argumento e interpretação.
Se não me pego pelos filmes de autor, dos festivais independentes, tinha que contentar-me com a oferta dos filmes com a chancela do 3D, com muito ecrã verde de fundo e muito fofo musculado e que vive disso, da imagem. Ou uma Cameron Diaz que não sai dos filmes onde ela tem sempre 30 anos, sempre maluquinha, sempre na comédia romântica de fim de tarde de inverno. Enfim, vez por outra sai um filme que marca a diferença pelo argumento, tentando alcançar o sucesso que os dos anos 80 fizeram.
E temos aí um 2 em 1 em que juntam o RPG (em termos de jogos é um jogo de interpretação de personagens) com filme antigo. Nesse caso, o filme chama-se mesmo RPG e deu-me assim lembranças de um já falado filme japonês chamado Battle Royale (de 1999) . No original nipónico, um grupo de alunos é isolado numa ilha onde o jogo é só e apenas chegar vivo ao fim. Quem chega vivo... ganha o jogo. Em RPG, o argumento gira em torno da mesma dinâmica. Joga-se pela vida ou morte.
Ainda não tive a oportunidade de ver o filme, mas conto fazê-lo para ver se aquilo que imagino é mesmo verdade: um copia e cola com nova imagem. Ficam aqui teasers de ambos para que comparem um bocadinho...
Tendo em conta que as consolas, em termos de argumento e qualidade de imagem vem batendo pontos ao grade ecrã, será interessante ver como um jogo consegue fazer quase uma realidade da ficção...
Já agora, e por causa de um livro que acho que seria fantástico passado para o cinema (desde que o argumento não mutilasse a história) seria este: UBIK
Mas... enquanto isso não acontece, leiam a obra do mesmo autor de Blade Runner e Total Recal, o primeiro conseguiu ser perto do livro... o segundo vem sendo colocado no patamar do efeito especial, já em duas versões.
Divirtam-se
Leiam
e... Apareçam
Rakel.
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