Anda por aí um burburinho por causa do novo filme onde entra o Leo DiCaprio no mais recente remake do Grande Gatsby, e palavra de honra, não percebo o motivo. Embora o livro com o mesmo nome seja considerado o Grande Romance Americano (já daí um bocado duvidoso) de falar da moral precária e inútil da alta sociedade, não me dá vontade de ir ver.
Já sei que muita gente não vai concordar comigo, mas não acho o livro em si algo de grandioso e fabuloso ou que mereça um tão erguido pedestal dentro de outras tantas obras literárias do século XX americano. Mas tudo bem, há uma grande máquina promocional impulsionando todo este carnaval mediático que já vem sendo habitual.
O filme que vi (já de si um remake) da obra tem como protagonistas estes dois grandes actores, Robert Redford e Mia Farrow, embora o primeiro tenha sido na década de 40, que confesso, nunca vi. Na minha época de descoberta de filmes antigos baseados em livros vi este sem grande entusiasmo, já o livro não me tinha dado "pica" e na verdade, o facto de saber que a sociedade se movimenta neste parâmetros e nessas águas um pouco turvas não me ofereceu novidade nenhuma.
De facto, e como já tenho dito antes, o grande problema da indústria cinematográfica nas últimas décadas tenha sido a falta de argumentos originais ou falta de novos conceitos e pontos de vista, e quando digo isto, digo dentro do conceito do comercial, pois ainda há quem faça bons argumentos e filmes mas na área independentista. Pelo menos isso.
Então, o Grande Gatsby de 2013 é um remake do remake do remake, transvestido na justa homenagem ao grande romance americano, com a carinha já não tão laroca do Leo e de outra menina Carey Mulligan. Deve ser para compensar as fãs do Leo do tempo do Romeu e Julieta e Titanic, que agora mais ou menos adultas irão rever o seu actor fetiche tomando a pele do Gatsby.
Entre controvérsias e escolhas, boatos e mais cusquices, anda meio mundo de mulherio a espera de ver quem vão vestir a pele dos personagens do 50 Sombras, mais um livro que passa à filme diante do entusiasmo que "desvendou" para algumas rotinas de cama o Nirvana do prazer.
Mas o que eu gostaria de ver, embora o livro nunca tenha sido considerado o grande romance americano e nem o nome de Edna Ferber soe a algo familiar, um remake do filme Giant. Edna Ferber ganhou o prestigiado e cobiçado Pulitzer com o romance Giant, o filme rodado um par de anos após a publicação do livro, e o dito filme virou culto. O ultimo filme em que James Dean actuou fala de assuntos bastante actuais e que, pasmem, desde 1956 nunca ninguém se arriscou a fazer um remake. Das duas uma, ou privilegiam os que já foram remake ou o filme original ficou perfeito demais e... não tem coragem de mexer mais nisso. Será perfeito?
Já vamos em 3 remakes do King Kong, Titanic outros tantos, mais 3 Superman (estou a pegar o filme de raiz, o que dá o pontapé de saída para as sequelas) e cá me parece que o 3 se tornou num número cabalistico de muita força nos remakes. Embora Romeu e Julieta tenha pelo menos umas 6 versões diferentes que vem desde o tempo do mudo até ao Leo... o 3 está para ficar.
E que me perdoem os cinéfilos e os amantes da leitura, mas o que é muito badalado por aí e que recebe tamanhas atenções, geralmente não me diz nada de nada...
Apareçam
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Rakel.
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