Da Frigideira Para o Lume ou Politicamente Sem Opções


Não há placar, graffiti na rua, ou comentário na rede social que não peça o fim deste desGoverno e peça outro para o lugar, alguém que mude o panorama nacional de calamidade geral. Ate aí, tudo bem, o que não está bem precisa ser mudado, sem dúvida... mas pelo amor dos deuses... quem pro lugar?

É que no vira o disco e toca o mesmo, não há grandes opções, dos dinossauros adormecidos e que não fizeram lá grande coisa, que o diga o maior turista ou relações públicas do país, Mário Soares, quem sobra? Além do que, já bem recheado e bem descansado da vida, mais não tem que fazer do que mandar umas bocas de vez em quando, pra mostrar que ainda mexe.



...e mexe só de vez em quando, diga-se de passagem. Se fossemos mexer bem a panela, o tema Timor e descolonização seria não só divertido como estranhamente parecido como o lavar de mãos ao estilo de Pilatos.

Volta ao posto de  jet set o antigo PM que até manda umas bocas lá no canal do Estado, armado em comentador, justo ele que disse há uns tempos que: "dividas não se pagam, gerem-se", perdendo pontos nessa estatística tão duvidosa de canais. E quem sabe, meio que no tipo de cantor de tasca, a pedidos, tentando salvar a pátria amada, começa por lançar campanha para um mandato qualquer para encher-se mais uma vez, a continha bancária lá no paraíso fiscal do costume.

Os actuais no poder, aquela coligação imprópria para consumo tem mostrado um casamento de conveniência, baseado mais ou menos no: "tu fazes a tua vida que eu faço a minha" mas em público aquele ar de casal feliz...e dando tiros nos pés até ficar tudo bem furado.

Portanto, mudança, cair fora um governo que se mostra contra o povo e contra a nação, o que vai dar no mesmo, opções? Puxando então o discurso batido, roufenho de tanto se repetir, cá temos o PCP que vê apenas a vertente dos "direitos dos trabalhadores" deixando para último plano a parte dos "deveres dos cidadãos". Não se revela moderno, continua nas mesmas bases de um modelo que acabou na origem e que, surpreendentemente, mostrou-se ferozmente adepto do capitalismo agressivo e escravizador, caso flagrante na China actual. Muros caíram, Uniões foram desfeitas, porque justamente a ideologia do camarada trabalhador mostrou-se obsoleto e falho, tão falho e tão autoritário como do fascismo.

A Stasi mais não foi do que uma PIDE, assim como foi a KGB e a actual CIA. Politiquices a parte , Fidel Castro e a o comando hereditário Chavista, nisso tudo se revela idêntico e pouco inovador. Poder é poder e todos ali sentados na cadeira das decisões perdem o olhar do povo, discursam pelo bem maior da nação e fazem o que lhes bem apetece, desde a ponta da direita até a ponta oposta da esquerda.

Vingança das vinganças a Alemanha, duplamente humilhada em duas guerras, viu a sua retumbante vitória na manipulação económica da União Europeia, criada entretanto em vista de justamente evitar o poderio alemão. Nas mãos de uma toda poderosa Angela (é cómico pensar que ela se chama anjo... ou não? a morte é um anjo? assunto a refletir) que questiona decisões de outros países, decide as políticas económicas de toda gente e ainda por cima com um sorriso filho da puta anuncia que "existirão baixas... mas são os efeitos colaterais normais na batalha económica".




Nem vou falar dos Monárquicos, já que a grande batalha é a decisão de quem pertence os símbolos Reais e essas coisas deveras importantes diante da actual conjunctura económica e social do país. Não vi um único monárquico partidário apresentar uma solução credível e sólida.

Desenganem-se se pensam culpar o actual papão: a Maçonaria. Seja de um quadrante ao outro no jogo do poder, todos convivem bem nesse clube restrito. E pense bem, não são os maçons que lhe pedem o o voto, nem lhe obriga a sonegar impostos ou até mesmo receber luvas. As opções são pessoais e que eu saiba, pouca gente tem consciência do seu papel no tecido social. Pensam que quem não vê é como quem não sabe e pecado por pecado o que não se confessa não paga penitencia.

Não vejo de bancada nenhuma alguém abrir mão das mordomias atribuídas em tempos de crise, de contenções, de necessidade de reformas estruturais, seja da esquerda ou da direita. O lema é: quanto mais, melhor. 

E vemos o povo a pedir mudança, uma saída que nos resolva anos e mais anos de vida sem pensar no amanhã, nos descontos para a caixa pelo mais baixo e pedindo à banca solidária e sempre de pernas abertas as coisas que sempre achou que precisava.

Antes de pedir uma mudança política, deveria-se pedir uma mudança de mentalidades, de uma responsabilização como cidadão que não tem só direitos, mas tem o dever de participar na sociedade com honestidade, isenção e objectividade. Sem isso, mais uma vez o voto ficará nas mãos de uma chusma politizada e a espera de tacho, a responsabilização e compreensão que dinheiro gasta-se sim , mas há que saber ganha-lo. Sem roubar, sem encher-se de créditos.

Mudança sim, mas comecem pelas mentes...

Sugiro aos leitores deste modesto espaço que procurem este emblemático filme. Talvez, quem sabe, revejam em outras cores (políticas) uma teimosia de querer viver uma ideologia que falha nas mãos de quem deveria defende-la e mais ainda, a incapacidade de mudar e tomar nas mãos a frontalidade que é preciso aceitar que a mudança... mais do que urgente... é por dentro.



Apareçam

Rakel.

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