Tenho um mau vício que se junta de maneira desavergonhada à minha teimosia, a única coisa que me salva é que tenho consciência disso e admito, do resto não há absolvição. Quando eu acredito numa coisa, defendo com unhas e dentes essa crença, posso admitir as falhas que existam, mas acredito na sua remota possibilidade. Essa é a parte teimosa, a parte do vício é de apostar em como estou certa.
Geralmente, e graças aos deuses, 90% das vezes safo-me bem das apostas colocadas, e nunca são mais significativas do que um jantar ou uma garrafa de vinho. Algumas delas fiz por puro espírito de contradição... cheguei a apostar com a Stela um jantar quando, numa caminhada, meu sentido de orientação foi-se embora e confundi o local onde estava. Mas pronto, aceitei o meu engano.
Noutras vezes, dá-me um certo gostinho constatar que tinha razão e só isso me vale mais do que o que foi apostado. Não é o prémio que me move... é saber-me com razão.
Na maior parte das vezes, aceito algumas apostas no calor da conversa dos pontos de vista trocados e de toda a verborragia que corre nessas horas de defender a causa. Mas como disse, na maior partes das vezes saio-me graciosamente.
Aliás, há um facto interessante nisso de apostar: se jogo qualquer jogo de azar que não entre dinheiro... ganho sempre, seja poker, blackjack ou até o jogo da moeda. Mas mal de mim que aposte nem que seja 10 cêntimos...é morte certa.
E foi numa dessas conversas de pontos de vistas e opiniões (e que descaradamente me chamaram de teimosa como um pneu) que eu aceitei uma aposta. Nela consta que, ao acontecer aquilo que a outra parte afirmou categoricamente que será... eu vou ter que vir aqui escrever um post sobre isso. Só muito mais tarde é que me dei conta de que deveria ter apostado um jantar ou um livro...mas a aposta está feita e hei de rezar e suplicar à todos os santos que me protejam. Porque eu ainda estou aqui a pensar no assunto da aposta e nem sei se é uma benesse ou uma praga...
Apareçam
Rakel.
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