Toda gente pensa que durante o nascimento de uma criança, apenas a mãe sofre no processo; esquecem-se que o inocente lá dentro se vê empurrado, revirado, torcido e espremido até chegar a saída. Isso se não contar que a criança sente que a mãe está assustada com a dor, com a responsabilidade, que ouve os gritos, o coração a bater mais depressa em cada contracção... e todo o processo de parto em andamento. Para dizer a verdade, a criança sofre bastante durante todo o longo caminho do parto: entre 6 a 18 horas, um verdadeiro festival de sensações que percorrem o pequeno ser.
Toda gente conhece os tipos de parto: natural, cesariana e agora há os naturais com piscinas ou cadeiras próprias que ajudam a grávida a fazer a dilatação.
Mas se eu tivesse que descrever como as coisas acontecem na minha vida... seria um parto natural, com apresentação de nádegas e com uso de forceps. Ou sacarrolhas... Daqueles partos que levam 3 dias, mais coisa menos coisa, sem anestesia, feito numa cubata e sempre temendo quem um dos lados morra.
As chances apresentam-se sempre, sem dúvida nenhuma, mas conseguir a concretização das mesmas são outros 500. É que não há uma única situação que não se arraste e apresente uma data de problemas pelo meio. Nada é fácil.. nada.
Teimosa que só, cá continuo a insistir nos partos, porque um dia, quem sabe, um deles seja eutócico com apresentação cefálica... já nem peço anestesia... mas uma caminha de lençóis lavados.
E no meio de tantas alegorias desabafo o meu desagrado com a puta da vida que gosta de fazer pouco com a minha paciência...e no tempo que me toma e não me permite escrever mais aqui...
Apareçam
Rakel
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