Curtas

Longe de mim dar ares de Vasco Granja, mas o universo da animação e das curtas pegou um grande balanço com as novas tecnologias. Longe vão os dias que as estéticas da animação iam de um Tom e Jerry ou do Scooby Doo, onde aqueles que não fizessem parte da grande máquina dos estúdios americanos viam-se em papos de aranha. Não sou grande apreciadora de riscos a saltar com sons estranhos da animação dos anos 70 do leste da Europa, isso era da Estética do senhor Vasco Granja, mas muito mudou. Tirando Les Aventure de Tintin, ou Asterix, o cinema de animação era parco, senão mesmo inexistente. Agora alunos de artes e cinema aventuram-se nas novas formas de produzir estórias, e ainda bem.

É inegável que os custos de uma produção de um simples desenho animado é enorme, mas como passar dos tempo e chegados aos dias de hoje e com as curtas (filmes ou animações que não tenham tempo superior a meia hora e que tenham uma dinâmica que conta toda a historia nesse tempo) o cenário mudou completamente. Quem se habilite à isso pode com um simples programa começar a fazer das suas. Quem quer mesmo entrar de cabeça no assunto tem que começar a jogar com a originalidade não só da história como da estética.

Pra mim, o que mais importa é o impacto que me dá, se me faz rir, se me deixa pensativa ou me emociona. Nesse caso, a forma como contam a história e o conteúdo tem que ser mesmo daquele que pega-me logo de começo. Se a estética e pós-niilista-new-bauhaus-retro-psicodélico não me aflige nem um pouco. Ou gosto ou não. Mas gosto das pequenas estórias e as formas como contam...

... e à quem possa interessar...

... com mais de 30 anos, Les Trois Inventeurs, uma animação feita apenas com o recurso de papel e muita imaginação conta a história de uma família que luta contra ignorância e a falta de visão... esta foi a minha irmã que me apresentou.



Haja humor... e por isso mesmo que La Bruxa é aquilo que se chama de momento de sonho e riso. Para quem vive na esperança de encontrar o príncipe encantado.. cuidado com o que deseja. :) de Espanha e bem feitinho...



Da Rússia com amor, um filme que fala de como as coisas podem ser levadas de maneiras levianas e principalmente, quando impomos a nossa vontade contra de quem mais gostamos...esta, foi-me apresentada pelo Miguel, um atento às artes e nas novas formas de comunicação.



Esteticamente longe de tudo, the Silence Beneath The Bark, na sua estranha singeleza mostra o quanto as coisas são tão frágeis e o pouco que duram muitas vezes certas coisas que são as mais importantes...



Pode-se muitas vezes enganar-se pelas aparências ou  pelo simples facto de ficarmos cegos pela nossa busca... Sintel é outra estória com uma estética particular.



...mas no meio de tanta animação um pouco dramática, tenho perdido um bocado de tempo a rir com esta dupla fora de controle e completamente louca. Made in Korea, Larva é aquele humor parvinho que faz rir um bocado sobre o lado inocente da vida... duas larvas que vivem numa sarjeta e só aprontam.





Apareçam

Rakel.