Sem dúvida nenhuma, a humanidade se sente naquela ambiguidade da capacidade de ser mais, de se fazer notar ou então de sobressair do resto da maralha e ao mesmo tempo se sente enfurecido quando se sente subjugado por alguém superior a si mesmo.
O bordão que toda gente conhece, "Se eu mandasse...." é usado sem dúvida nenhuma de cada vez que sentimos os calos pisados e na opressão vivencial de andar sempre lixado pelos outros que podem mais. Há aquela invejinha raivosa, surda e metida lá bem fundo por quem quem ganhou nome pelo poder. A vontade de ter uma certa imortalidade, daquela passada de boca em boca e quiçá arrebatar um paragrafo de quatro linhas onde apareça o próprio nome. Para muita gente... é um objectivo de vida.
O poder sem dúvida nenhuma é inebriante, sedutor e um cavalo difícil de dominar. Porque se toma o freio nos dentes, desembesta por aí a fora como um doido e depois não há quem o controle. E tal como dizia o Tio Ben, o tio do Homem Aranha, "o poder trás responsabilidades". Embora a frase saia de um personagem fictício, não deixa de ser verdade. Porque pensando bem, o poder pode dar lugar às maiores arbitrariedades e cavalices de que o ser humano é capaz. A arrogância pede sempre boleia na garupa desse cavalo indomável, assim como o egoísmo e cegueira. A Fama... a amante eterna do Poder e que sempre anda com aquela relação micro-ondas de aquece arrefece e torna a aquecer.
Raras foram as pessoas que tiveram o poder nas mãos e fizeram do seu percurso de vida algo de imaculado, porque as escolhas que se fazem, nunca agradam a toda gente. Mas há, houve gente que conseguiu ter não só o poder mas também soube viver uma vida escorreita. Não foram famosos ao ponto de ter o nome gravado em um livro, ou até de terem feito filmes deles, mas ficaram gravados na alma e nos corações de muitas pessoas. Anónimos para a maior parte do mundo, pessoas boas para quem conseguiu e teve o privilégio de os conhecer.
Dentro da política e de todos das revistas cor de rosa que por aí andam, a bondade contrabalança ao mesmo tempo que a estupidez e a vontade de visibilidade. Não me apetece nada hoje discorrer sobre esse patamar de poderzinho meteórico. Apetece-me mais falar de outras pessoas...
Ontem voltando pra casa, enquanto a Fatinha comprava pão e eu dentro do carro fumava um cigarrinho vi no nicho onde fica o travão de mão e as mudanças um papel meio amarfanhado... num lamiré de míope reparei que era mais um daqueles professores Jindungo ou lá o que seja. Daqueles que apregoam o seu PODER e que seduzem os incautos e desesperados por uma solução infalível.
Longe de mim puxar galões de sapiência seja em que campo for,mas há coisas BÁSICAS na vida, o certo e o errado,aquilo que esquecem e que me fazem saltar a tampa. Mais não seja pela amnésia selectiva de quem, por caminhar na via da espiritualidade, deveria ter uma alarme dentro da cabeça a funcionar e ver bem onde metem as patas.
Pra já, em começo de conversa, o que mais me dana o cérebro é essa mania de nome místico... e quanto mais esquisitóide for...melhor. Aquele ar de exótico-fora-do-normal de nomes estrambóticos que lhe dá uma configuração XPTO quando não há mais nada de grande dentro deles...a não ser uma ganância enorme e uma necessidade de poder absoluta. Nome espiritual, se nesse caso acreditam nisso, não é um nome divulgado em papelotes, nem em placa de pretensos templos ou igrejas ou lá o que seja... Um nome espiritual, pra quem já se deu ao trabalho de pesquisar, é algo tão pessoal quanto a pilinha e o pipi... é seu, único e sem igual...ok, há parecidos, mas o seu é seu. Uma parte de si mesmo e NUNCA é divulgado.
Uma das minhas grandes embirrações em certas religiões, cultos ou misticismos é justamente as escolhas que mais convém fazer em detrimento dos preceitos básicos, porque só assim se ganha a puta da Fama. Nunca me coliguei, congreguei ou me enturmei muito nem em Centro Espírita ou coven Wiccan. Fujo a sete pés de templos espirituais com nomes burlescos. Há de caras uma amnésia selectiva brutal dos preceitos básicos : HUMILDADE, COMPAIXÃO E CARIDADE. No momento que começam as "guerras palacianas" de quem detêm o poder, quem é o rei da cocada preta.... a coisa pra mim deixa de ter valor. E os nomes pomposos de Osíris Nibelungo e por aí adiante me dão vontade de rir... "Agora o meu nome é Morghana Safírica, deixei de ser a Catarina Batista..." e arranjam uns cada vez mais elaborados e mais complicadinhos de forma a alcançar mais impacto e projecção.
???????????? mas tá tudo passado da marmita?????????
Ahhhh... pois, foi o espírito que lhe disse que o seu nome verdadeiro era Ninfrothis Apoleginicos... tá certo..... seu guia tirou férias e ficou um espírito de porco no lugar pra brincar um pouco com a sua sede de poder... e da forma tão fácil de ser manipulado...
Tás a ver Chico Xavier... tu que foste um dos melhores trabalhadores na fé espiritual, se tivesses um nome mais pomposo... sei la, tipo Al Rhá Solis Imutabilis, e fizesse um templo de Luz Eterna de Navriola, tinhas porventura sido melhor??? terias ajudado mais gente?? Não... tu eras só o Chico, o que andava a psicografar os livros dos outros, que vivia do seu trabalho civil como funcionário público e que morreu como nasceu: pobre em bens mas rico em vivência espiritual. Não fazes parte dessa corja que metem uns nomes pomposos, que brincam com o desespero das pessoas e que não medem meios para obter os seus fins: PODER, FAMA E FORTUNA. Nem fizeste templos com nomes sonantes e nem brincaste com as leis básicas do Universo.
E de cada vez que vejo um peito inchado de alguém que se apregoa com mediunidade, de cada vez que vejo a soberba estampada na cara de quem se professa detentor de um poder único, fico a falar cá com os meus botões... se a pessoa tem noção da Lei do Retorno... e cada vez mais, dou valor aos anónimos que continuam a trabalhar, a fazer o correcto e a seguir em frente, mesmo sem fama, glória e fortuna, mas com uma consciência tranquila daquilo que faz.
Este post pode parecer ao leitor habitual deste blog um tanto estranho, admito. Mas de uns tempos para cá ando a ver demasiada gente que conheço seduzida pelo brilho falso de alguma fancaria que anda por aí. Parecem aquelas gralhas, que ao verem pedacinhos de vidro ou contas brilhantes, mesmo sem valor, arrecadam todas como preciosidades. E custa-me ver gente inteligente tomando opções idiotas e parvas em nome de uma "evolução" que nada tem de espiritual... mas sim de poder e fortuna. À eles dedico o post, aos que sabendo que eu sei deles... se metem a milhas. Evitam a falar de algo é que é quase como uma droga...o PODER.
Não se esqueçam, que a distancia não existe, a saber e sentir de cada vez que estão a fazer uma cagada homérica... é de pensar o que tem valido anos e anos de leitura e experiência... meninos e meninas... não esqueçam o básico... e vejam lá se iluminam essa cabaça chocha que chama de cabeça!!!
Apareçam
Rakel.
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