Enquanto o Djaló e Lucy tem um futuro incerto, ela grávida e com uma filha bebé e ele desempregado, enquanto decidem ir pro México (não lembra ao diabo tal escolha) eis que aqui neste país... há quem trabalhe mesmo!!!
É que chega a ser caricata essa estorinha do casal acima citado: milhares como eles estão em situação idêntica e com menos confortos e visibilidades. Lutam para conseguir um subsídio, uma cesta básica do Banco Alimentar Contra a Fome e, de cabeça erguida, tentam reentrar no mercado de trabalho. Tarefa quase titânica quando a maior parte das empresas estão asfixiadas com impostos e falta de poder de compra para escoar os seus produtos. Mas o casalinho pede compaixão do público e uma vaga no BENFICA (cruzes canhoto! desta nos livramos, não foi aceite) para continuar a sua vidinha sem cortar nas despesas.
Enquanto esta caricata comédia decorre para gáudio das revistas cor de rosa, há quem ponha o cérebro a funcionar, arregace as mangas e faz algo de útil ao mundo. Um estudo feita na U.M (Universidade do Minho) encabeçado pela investigadora Sandra Paiva, descobriu-se uma molécula que ataca algumas das doenças mais incapacitantes e mais complicadas de tratar. Se houver investimento e alguma boa vontade, Portugal poderá dizer que descobriu uma forma de combater o Alzheimer, Parkinson e Cancro. O que nos colocaria na frente do combate destas doenças e de uma economia em tratamentos médicos e paliativos. Gasta-se imensamente os recursos em tentar dar alguma qualidade de vida, quando uma possível cura está ao alcance da mão.
Mas vocês já ouviram falar da Sandra Paiva ou das coisas giras que nascem na Universidade do Minho? Aposto que não, mas de certezinha hão de saber o que é feito daquela cáfila toda que fez parte do Big Brother, ou até dos ex-obesos.
Talvez nem interesse muito mesmo saber que esta investigação surgiu e que efectivamente possa trazer alguma qualidade de vida às pessoas. Pergunte à alguém que já fez quimioterapia, se não seria mais agradável um tratamento que não fosse tão violento. Pergunte se não seria melhor algo que realmente matasse a doença...
....mas aí há outra pergunta: e o que é que a gente faz com toda essa máfia da indústria farmacêutica??? Acham que eles vão achar alguma graça que não hajam uns milhares de dependentes das suas caixinhas milagrosas?? E agora, como se vão justificar os "estudos" feitos lá nos quintos dos infernos, longe da vista e da informação, onde testam em populações pobres, ignorantes e famélicas os seus produtos?? E depois, como ficam os milhões em jogo que gerem a industria dos medicamentos???
Dá-me pena ver um país com grandes cabeças, gente disposta a fazer a diferença no mundo, ficar de lado, na prateleira em favor de outras questões menos importantes, mas que enchem os bolsos...de alguns. Um país que está nos primeiros lugares de doadores de sangue e medula óssea, que se empenha em grandes causas, não se empenha numa maior e necessária: erradicar as doenças degenerativas e fatais. Talvez isso não convenha de alguma forma, já que a esperança de vida é cada vez maior, a população está envelhecida e não há dinheiro para os sustentar.
A política das reformas miseráveis, dos hospitais a servirem de centros de triagem, da subida do custo de vida, apenas favorecem que uma pessoa morra mais cedo e seja uma despesa a menos para o Estado. E não há boa vontade popular que nos valha, nem reza que nos acuda. É esperar ver gente capacitada e com empenho arrumar as malas e voar para outros países...
...lamentável...
Rakel
PS: é com profundo pesar que venho corrigir o post.... Djaló agora conseguiu vaga no Benfica. Pior do que isso, são as bocas que ando ouvir...
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