Tem dias que me deparo com estas situações... de quem se sente estilhaçado por dentro e em pleno estado de decepção. E queremos chegar perto, saber o que se passa e dar a nossa palavra de conforto, a nossa amizade ou só ficar ali do lado ouvindo o rol de agruras e decepções.
Na maior parte das vezes... nem conseguem colocar cá pra fira essa imensidão de sentimentos revirados e até nos acusam de só agora estarmos a prestar atenção à elas. Mas não é bem assim. Quando alguém entra em "estado de graça" que uma paixonite aguda proporciona... o resto do mundo fica em outro plano, em outro grau de importância. O mundo torna-se aquilo que sempre sonhou... é belo, somos invencíveis e nada nos pode parar... até chegar o pé na bunda.
Ou será do balanço de fim de ano, ou a conjuntura astral.... sabe-se lá... hoje contabilizo 3 pessoas estilhaçadas emocionalmente. E aí vem o mais interessante: o tal mundo maravilhoso e cheio de oportunidades acaba no momento que levou o chute no traseiro e que a decepção serve de almofada de amparo. O mundo acabou literalmente numa merda sem fim. Tentar falar com elas é complicado, principalmente pra mim, que com uma certa queda pra antecipar as coisas, já via de longe tudo caminhando pra esse lado. Duas delas chegaram mesmo a me colocarem de lado porque tive a infeliz ideia de verbalizar a minha opinião. E elas não gostaram nada do que disse, embora cá a Rakel continue a achar que tem razão. E para afastar mal-estares e que não fosse eu a harpia da discórdia, tomei o devido espaço, saí de cena por quase um ano. E agora são horas a queimar as orelhas no telemóvel (santa extravaganzza) ouvindo as desditas de cada uma delas.
O problema é que quando me pedem a minha opinião, pergunto sempre se querem MESMO a minha opinião, elas respondem que sim, eu digo e acaba com elas de trombas e reviradas comigo. Se já sabem como sou... que falo MESMO o que penso.. porque raios me perguntam?? E se acerto em 90% das vezes (não adianta que não sei os nºs do euromilhões) é melhor tomar distancia e nem perguntar nada...
Mais uma vez coisas do amor, relações, entregas e pés na bunda, que dariam pra fazer um tratado em 12 volumes.
Não percebo e continuo sem perceber essa história de "namoro pela net"... e digo isso de carteirinha... minha mãe está noiva de um senhor há mais de 5 anos pela net.. NUNCA estiveram juntos ao vivo e a cores, talvez daí o facto de durar tanto tempo. O desgraçado ainda não sabe o tamanho do problema que arranjou...
Aliás, vou pegar a minha mãe como exemplo: ela, portuguesa, vive no Brasil há mais de 40 anos...o Brasil tem praí quase 200 milhões de habitantes. Até aqui conseguem me seguir certo? Não me digam que entre os quase 200 milhões de habitantes não haja um tipo mesmo corajoso que enfrente a baixinha?? Ou será justamente isso o grande X da questão?? Porque é assim, na net corre tudo sobre rodas, é só amori, muitos I Love Youssss. Entram e saem quando podem e querem, dizem uma data de coisas que fazem (e na verdade é só tanga) passam muito facilmente por aquilo que não são. E mais cedo ou mais tarde... acaba tudo em tristeza e desilusões.
Meu santo chocolate... mas porque raios vão procurar um namorado na outra ponta do mundo e acham que vai dar certo??? Que raios se passa com este mundo onde as pessoas acham que relação é teclar com outra... prometer mundos e fundos, quando uma relação se faz hoje, agora, em carne e osso? Ainda vou fazer uma pesquisa antropológica pra saber porque cargas d'água uma pessoa fecha-se em casa e não olha, olhos nos olhos de outra pessoa e lhe lê aquilo que vai por lá??
Só posso dizer que de momento.. abençoados auriculares, sem eles eu não faria mais nada na vida, é que passei de ave agoirenta à amiga verdadeira e que sabe umas coisas...
...e fico aqui a ajudar a apanhar os caquinhos no chão de tanto estilhaço...
Apareçam
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