Post it - II


Semana farta de situações, perguntas estranhas e constatações hilariantes...não posso me queixar de nada. Trabalho com fartura e a somar isto tudo, a façanha de ainda arranjar energias pra estudar... as gajas são mesmo fantásticas...

Situação 1

Dentro de um W.C feminino...

Estúpida!

Parva!

Gorda!

És má na cama!!

?????????? (essa fui eu)

Situação 2

Na hora do almoço...

"Não tás a comer nada R., há algum problema?"

"Eu não entendo as mulheres..."

"Mulheres??? Há problema com mais do que uma??"

"É assim, eu gosto de duas miúdas, disse à elas que gostava delas e elas disseram que gostavam também de mim..."

"E... o que aconteceu?"

"Elas descobriram uma da outra e agora as duas já não me querem..."

"Deixa lá R, isso há de passar, mas vê lá se comes."

"Não gosto de bacalhau..."

"Mas não é bacalhau, é Perca do Nilo..."

"Pois... eu não gosto de bacalhau..."

Tenho me dado conta que o universo humano é sempre igual, tenha a idade que tenha. As duas situações acima descritas se passaram com miúdos dos 6 aos 10 anos, situações que já presenciei e escutei da boca de adultos. Da mesma forma que quando picados baixa-se o nível e começam as ofensas, mesmo que nem sequer se saiba bem o alcance delas, a gente abre a boca e solta o verbo sem pejo. Embora eu tenha perguntado à miudita se ela sabia o que era ser má na cama.. ela só deu de ombros e saiu abraçada à amiga com quem teve este diálogo colorido, no caso de gajas crescidas não é bem assim. E aí encontramos as diferenças: enquanto nós adultos ofendemos, magoamos e não esquecemos, os miúdos passam ao lado disto tudo e ficam amigos na mesma. De resto, as asneiras são as mesmas e nós adultos só nos diferenciamos pelo simples facto de que os nossos brinquedos se tornam mais caros e maiores... Mas a surdez masculina é um facto comprovado e começa desde tenra idade. A gente diz as coisas, entra a 100 e sai a 200, por mais que se explique que perca não é bacalhau, na cabeça masculina não é bem assim.

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Rabisquei  à pressa a pergunta: "xarope caseiro para a tosse."

Chegou finalmente a Primavera e com ela calor, sol, céu azul e... pólen quanto baste e uma infinidade de tosses, espirros e olhos lacrimejantes.
Neste momento o nosso sistema imunitário anda em guerra constante com os intrusos pequeninos e irritantes, daí o facto de que, esta que vos escreve, passar uns bons 5 minutos sentada a espirrar logo de manhã...
Há soluções pra isto? De facto há sim, soluções caseiras e fáceis do ponto de vista de confecção. Há alternativas boas em ervanárias para elevar o nosso sistema imunitário. As que apresento são as mais conhecidas, como o caso da geléia real, da própolis e da equinácia (cavalinha). Há cápsulas já preparadas para o efeito, embora a erva equinácia possa ser comprada em grandes superfícies e fazer um chá. 
Quando meus filhotes andam com tosse, daquelas que adoram cama...basta deitar pra começar a tossir até cansar, há uma solução rápida, barata e eficaz...mas tem um senão. Passo a explicar:


A cebola é um poderoso agente antiséptico, juntamente com o mel torna-se um regenerador fantástico, mas com o inconveniente do bafo assustador que nos deixa. Em todo caso, passo a receita que meus filhos chamam de "Xarope Vudoo"

Uma cebola média cortada às rodelas
Mel
Um limão

Numa tigela de vidro ou louça (nunca nada de metal ou esmalte) coloque as rodelas cruas de cebola, cubra-as com mel e deixe macerar por pelo menos 6 horas. Passado esse tempo coe a mistura para um frasco bem lavado e com tampa. Antes de fechar o frasco, junte o sumo do limão e agite a mistura. Uma colher de sopa 4 vezes ao dia e garanto que no final de 3 dias a coisa passa. Como o gosto é assim pro lado do complicado, eis o truque que uso para remédios repelentes: colocar uma pedra de gelo na boca até adormecer a língua...a gente bebe o que for sem dar conta do gosto.
E se for o caso não ter tempo de fazer o xarope, um desenrasque que dá certo sempre à noite é cortar uma cebola ao meio e deixar assim num pires na mesa de cabeceira... a tosse passa, mas o ar fica livre de melgas...não esqueçam de arejar o quarto, senão cheira a transporte público cheio de sovacos mal cheirosos.

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Em letras gordas - CRISE

A palavra de ordem neste momento é descomplicar a vida. Já temos coisas demais que não podemos por nossa vontade mudar. Tornar as coisas mais complicadas do que já são é pedir mais do que podemos suportar. Não quero com isso dizer que temos que nos resignar à tudo. Mas é fácil contornar o obstáculo, mesmo que nos faça demorar mais tempo que o desejado, do que ficar reclamando e arranjando culpados para tudo. Assumir a parcela que nos cabe de responsabilidade é antes de mais, uma obrigação de quem se preza ser cidadão. As coisas estão más, sem dúvida, mas há que aprender a contornar as coisas. Não dá pra jantar fora? Façam reuniões com os amigos em casa, cada um trás uma coisa e divirtam-se, sem os olhares de estranhos ou aquela cara de enfado dos empregados que querem despachar as mesas. Não dá pra comprar roupa nova? Resgate a máquina de costura, peça emprestada a da avó ou mãe...remodele e invente!

Há de chegar as eleições.. e pensem bem na vossa responsabilidade. O Governo é escolhido pelo povo que vota. Ok, as opções não são as melhores, mas não votar é abster-se mais tarde de poder opinar e dizer que não está satisfeito. Não pode dar palpite quem tirou o corpo fora das suas responsabilidades como cidadão.
Greves neste momento é puro oportunismo, num país que procura as 35 horas semanais de trabalho, que vai de enfiada nos feriados e pontes , não tem competitividade nenhuma. Na Alemanha, no auge da crise, para que as fábricas não fechassem, patrões e trabalhadores concordaram em, durante a crise, trabalharem as mesmas horas e receberem apenas 1/3 do ordenado. Passada a fase pior da crise, os salários foram repostos e voltou-se à normalidade. Fosse aqui, a CGTP já teria organizado uma data de greves e acções de luta que nada resultariam. Greve é um direito, não discuto, mas neste momento não precisamos de paragens, mas sim de avanços.


Apareçam

Rakel.

Comentários

  1. Amiga gostei dos post it II.

    Estão muito interessantes, e tens razão, se não informasses que a discussão do wc era de crianças, eu não desconfiaria, tal é a semelhança com as discussões dos adultos.

    Quanto à famigerada crise, ajuda-me amiga, em quem é que eu vou votar? É que eu, sem sombra de dúvidas, vou votar, mas podiam arranjar um candidatozito que não fosse mais do mesmo.
    Até foram buscar agora o candidato presidencial que ERA apartidário (desculpa, eu não tenho por hábito fazer considerações politicas, mas tenho k manifestar a minha desilusão. Acham que os que votaram nele, vão agora votar no partido? Olhem, eu fui uma das que votei nele e não vou votar neles agora. Mas também digo mais, este senhor, como "independente" também já não apanha o meu voto.)
    Mas voltando à vaca fria... a crise!
    Eu no sábado refilei com uns colegas que são funcionários públicos que vão fechar os serviços onde trabalham na semana da Páscoa e que me disseram "são só 3 dias, porque sexta é feriado e quinta o governo dá o dia" ao que eu respondi "aproveitem meninos, enquanto o fmi não vem!!!"
    Quanto a medidas interessantes: Eu concordava com a medida da Alemanha, se nós não recebecemos já os ordenados de miséria que recebemos. Enquanto o salário minimo, for o equivalente ao minimo indispensável (considerado pelo estado, obviamente) para viver, não há margem de manobra para fazer seja o k for. E por isso, quem recebe o subsidio, se for trabalhar ganha o mesmo, qual é o incentivo? O problema é que receber menos disso também é desumano. Defendo que deveria de haver uma diferença (além do subsidio de refeîção de 150/200€) entre o salário minimo de quem trabalha para o valor do subsidio. Já seria um incentivo ao trabalho a considerar.
    Por outro lado, para que é que quem já trabalhou uma vida inteira, que há partida também aumentou o seu património (senão não teria direito a uma reforma dessas), que já não tem encargos de maior (porque se presume que já não terá tantos créditos de vulto, nem filhos que não se sustentem), necessitam de reformas superiores a 1.500,00€. Está certo que descontaram para elas, mas não se justifica as reformas hoje existentes, e muito menos o acumular de mais que uma reforma que some esse valor.
    Tu deste o exemplo da Alemanha, eu dou o da Suiça em que a reforma máxima é de 1.500,00€, e não os ouves queixar de crise.

    Por fim, amiga, o "xarope vudu", até aqui já me deu o cheiro.

    Jinho e fico à espera de mais

    P.S. E estiquei-me outra vez

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  2. Catekista, não te inibas do esticanço, tás a vontade pra isso, o problema é que eu tbém não sei quem posso te indicar para o teu voto...é tudo uma cambada...

    Poderia fazer um imenso post sobre as condições de trabalho deseumanas, em que muitas pessoas se vêem em POCs a receber menos que o salário mínimo. De retirarem sem vergonha nenhuma na puta da cara o subsídio de refeição, assim sem mais nem menos...ô miga...qto a dizer...

    ...e não fala mal do meu xarope... :( alguma vez ouviste a máxima: remédio ruim é o mais eficaz?? pois aí tens minha cara...

    Bjos

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