Ando aqui no blog sem me aprofundar muito pelas coisas, achei que se fosse fazê-lo nesta altura, não seria totalmente correcta. Iria deixar que a minha actual conjuntura influenciasse os assuntos e que não o focasse de maneira mais ajustada. Me dei conta que em alguns posts fui demasiado pessoal. Dei um tempo. Se calhar dei tempo demais, mas pelo menos, dei o tempo que considerei o acertado.
Há coisas que nos pegam de jeito, sem que possamos ter qualquer controle nelas, apenas vamos tentando agarrar nas rédeas loucas desse cavalo indomável que é a vida. Umas vezes, me peguei furiosa comigo mesma, pela falta de testa e discernimento para ter enxergado melhor. Outras fiquei frustrada pelo facto de me sentir meio vencida, de ver que protelei e deixei passar coisas demais. Andei nisso. Pesando e analisando a vida. A minha vida. Mas nem por isso sentada como espectadora do filme em que actuei. Fui mudando o enredo. Fui pegando nas coisas que estavam mal e coloquei de lado, fui deitando fora as que não me davam alegria nem me acrescentavam nada.
Tive os meus momentos Bridget Jones, de ficar triste com a minha realidade, com os desaires, com os falhanços e fiquei com pena de mim. Não vou ser ingrata ao ponto de dizer que saí de debaixo do edredão sozinha, que me refiz por obra e graça da minha força de vontade apenas. Contei sempre com as pessoas da minha grande estima, que estão sempre cá dentro, sempre presentes, que da sua forma souberam me dar o seu apoio e que me souberam dar a mão.
Mas como dizia a actriz Nair Bello, uma pessoa tem direito de ficar triste um , dois... até três meses, depois se torna chata e ninguém a atura mais. E a vida continua!! E foi nessa base que, depois de andar em limpezas gerais, de ter colocado muita coisa no lugar, me sinto mais parecida comigo mesma. Algumas etapas estão por limar, algumas coisas ainda não estão certas. Mas caraças... encontrei demasiadas certezas.
Acredito nos ciclos de vida, que em cada tempo, em cada paragem e cada retorno temos a oportunidade de reciclar as nossas ideias, a maneira como vivemos. Passei tempo demais juntando coisas, esperando que elas tivessem um uso possível ou que elas se consertassem. Virei uma colectora de anseios, vontades, carências, fragilidades e esperanças. E deu merda. Portanto, todas as coisas que fui colectando na esperança que um dia, quem sabe, pudesse voltar a resultar...me despedi delas. Não é uma questão de desesperança, nem de ver a vida de um modo frio ou calculista e premeditado. É a coerência de que ninguém é feliz vivendo de esperanças e ilusões. Acordei.
Bom, olhando pra trás, vejo uma caminhada imensa... feita em círculos, sempre retornando ao local de partida. Essa redundância me esgotou, me cansam sempre as mesmas palavras e actos, a mesma certeza de que tudo vai continuar na mesma. Agora, me apetece uma caminhada em linha recta, bem definida naquilo que quero e que não quero, daquilo que posso permitir que entre e naquilo que posso jogar fora. Decidi deixar-me de coleccionismos, de guardar mais do que aquilo que posso utilizar e comportar na minha vida.
Talvez, quem mal me conheça não entenderá patavina do que acabei de dizer, pode ser que me conheça um bocadito, esteja curioso pra saber que raio se passa... e quem me conhece mais ou menos, há de pensar que é uma fase, que quando acabar a bravata volto ao mesmo. Mas quem me conhece de facto, compreende que isto mais do que umas letras jogadas num blog...é um testemunho, e que, mais do que uma opinião... é mudança.
Se ficar uns tempos sem escrever, não será porque ando a ver a erva a crescer, nem que ando debaixo do edredão a comer caramelos e ouvir Michael Bolton. Ando isso sim a ver se cresço como pessoa, se me desfaço de "malos habitos" e coloco a vida em ordem. Mas sempre que me for possível, sempre que me bater a saudade de escrever aqui neste diário do meu T- Zero, venho aqui e deixo um bocadinho de algo que acho que mereça ser repartido com vocês.
Apareçam
Rakel.
PORRA ATÉ QUE ENFIM...
ResponderEliminarMeia bola e força! Chuta para a frente...
ResponderEliminarMeninas...obrigada! Vocês sabem bem que a gente passa por rebordosas mas volta em força!!!
ResponderEliminarBjocas
Força amiga!!!!
ResponderEliminarSabes k estou sempre do teu lado!!!!
E as limpezas fazem sempre bem ... especialmente as interiores, né?
Jokas grandes