Efeito Placebo


Quem nunca andou com neura, que atire a primeira pedra...mas vejam lá se não acertam em telhados de vidro ok?

Bom, eis que surge uma conjunção astral do capeta em que muita gente anda matando cachorro a grito e com vontade de partir a loiça toda.

Uma disse-me mesmo que lhe apetece ir à uma loja do chinês, comprar um daqueles serviços rasca e partir prato por prato.
Outra tem vontade de mandar todos pro ca...o, bater a porta e fugir para lugar incerto. Teve até uma que picou toda a roupa do ex (que sempre deixam alguma coisa para trás feito cobra que larga a pele por onde passa e ter motivo pra ver se tá tudo bem), chegando ao requinte de separar os botões de um lado, os fechos de outro e depois uma montanha de tiras de pano colorida e de marca do outro lado.

Em conversa por estes dias... a que queria partir os pratos me disse que lhe apetece fazer uma coisa assim para deitar cá pra fora um pouco da neura.

É aquela velha questão que toda gente se debate: a rotina, as horas marcadas, as datas limite de entrega, os atrasos de coisas importantes, o ficar na incógnita sobre o que se vai passar. É o lotar do saquinho com as trinquices de escritório (uma micro aldeia, onde não falta a intriguista, o sorna, o espertalhão metido a D. Juan, o lambe botas de serviço e essa gente colorida que todos conhecemos), com as injustiças e de um matar constante de vida pessoal em prol do trabalho.

É ver como a burocracia se arrasta mais do que caracol alentejano, que não há vaga pra consulta que se precisa com urgência, o salário que não chega pra nada e ainda por cima nos pedem pra fazer mais sacrifícios. Apertar o cinto malta... mas só nós, a malta que não anda na mó de cima. Mas somos um povo catita que vê as obras faraónicas continuando, impunidade e toda essa joça.

Depois a malta vai pro LivrodaTromba  e fazem aquelas comunidades giras de se ver : "Quero atirar um sapato na cara do Sócrates" ou então "Vamos eleger este burro no lugar do Sócrates". Ok

Pra já acho que burro mesmo foi quem elegeu esse... senhor para o lugar de Primeiro Ministro. Burro porque teve a chance de mudar a situação, mas se calhar não foi votar porque era um dia porreiro de sol, bom pra ir pra praia ou pra dar umas voltas. A abstenção tem subido vergonhosamente. Agora o sapato... não atirem na cara do senhor 1ª, peçam mas é pra alguém dar um bom chute na vossa bunda, principalmente naqueles que reclamaram e não foram votar e os que votaram sabendo bem o que era a peça...

Mas neste clima de frustração, onde sobe o IVA numa coincidência estranha com a vinda do Papa...quando todo mundo rezava pra melhorar a vida...olha toma.. subiu de novo a porra do IVA. Nosso Governo é espertinho né? Todo mundo alienado, na esperança na Vossa Senhora e aí puxam  o tapete assim, porque afinal... não iam aumentar os impostos...uma cambada de Pinóquios...

Aí como é que uma pessoa não fica com instintos destrutivos, daqueles que dá vontade de partir pratos...??


Então, conversando pensei que seria muito mais divertido juntar a malta que tá assim precisando de uma terapia baratucha e divertida. Desde Paintball, luta na lama, tudo coisas bem físicas e meio porquinhas... achei a solução ideal e meio ecológica: guerra de balões d'água. Vamos para um lugar com relva ou no campo mesmo, levaremos os balões todos cheios de casa e fazemos a guerra. Quem ficar menos encharcada é a vencedora. Regamos o lugar com água e gargalhadas e depois num gesto bem comportado secaremos a roupa a catar os pedacinhos de balões que ficarem espalhados. Assim, acabam as neuras, fazemos exercício e nos divertimos um bocado.

Bem melhor que partir pratos, fazer barulho pros vizinhos e não dividir a diversão.

Simples e barato.

Apareçam.

Rakel.

Comentários

  1. Gostei da sugestão dos balões de água, mas amei a dos pratos.
    Já a da roupa é capaz de dar muito trabalho!!!!!!!!
    Jinho

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  2. eu alinho em qualquer coisa inofensiva para libertar esta carga negativa.

    Confesso k a dos pratos também já tive e até partilhei com a minha médica de familia na altura. 1 doida polaca, nascida no meio da montanha, filha de pai húngaro e mãe italiana em fuga do Holocausto. Confesso que animou. Afinal tinha a mesma ideia, o mesmo desejo. Enfim, unidas na desgraça, né?

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  3. definitivamente prefiro os balões d'água....
    ...e loucura pouca é bobagem...

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