Relatividades

Dizem que tudo é relativo, que as coisas dependem do ponto de vista de cada um. E foi das coisas que mais aprendi a fazer, a ver as coisas pelos lados todos antes de jogar cá pra fora a minha sentença final.

Porque isto de ficar dando piteco em assuntos e teorias tem o seu quê de complicado. Nem sempre se encontra o agrado geral da malta. Não dá pra agradar gregos, troianos e baianos.

A Felicidade por exemplo... é um bem relativo. Pra já, porque embora tenhamos imensas coisas boas na nossa vida ainda não nos sentimos satisfeitos com o que temos, sempre a procura da tão almejada felicidade plena.

Eu tenho aqueles dias...que acordo meio atravessada, tropeço nos chinelos e dou um encontrão no armário que fica no corredor...o desgraçado está lá há cinco anos e nem assim eu me acostumo com a sua presença.  E nas manhãs de humor de aranha...ele acaba pagando o pato e eu fico com mais uma nódoa negra...relações difíceis de convivência. Se eu começasse a usar estes protestos pra me achar no fim do mundo, que sou uma infeliz...o dia corre mal. E tenho imensas razões pra não me sentir assim.

Ok, minha vida não é perfeita, do jeitinho que eu quero, mas acredito numa proximidade daquilo que considero ser a minha felicidade. E tem dias que coisas tão banais pra uns, são uma verdadeira fonte de sorrisos pra mim. Um vasinho de amores perfeitos, sentir os pés quentinhos (eu ainda não vou largar mão de desancar o Inverno), um livro que me prenda, rir com os amigos e filhotes e meio beijo. O que pra uns é pouco.. pra mim é felicidade.

Sou daquelas pessoas que não tem pressa em chegar lá, gosto de saborear o caminho, de para de vez em quando pra tomar fôlego e seguir com um pé na frente do outro. Correr cansa...e não deixa ver nada. E sinceramente acredito que posso ter as minhas felicidades na vida sem que com isso faça alguém infeliz. Porque há sempre o reverso da medalha...e eu detesto fazer alguma coisa que implique a infelicidade de outros. Aí não consigo ser feliz.

E hoje, neste dia cinzento, chuvoso e filho da mãe de frio, estou aqui escrevendo este post meio sem pés nem cabeça...me sentindo muito feliz. Dá pra entender? Não...eu também nem quero entender...

Vou só aproveitando a felicidade, as pequenas coisas da vida e aquilo que me surge de surpresas pela frente...

Apareçam

Rakel