Já nem sinto o meu polegar esquerdo, a enxurrada de combos foi tanta que perdi conta de quantas batalhas venci. Hoje foi um daqueles dias que não esperava que acabasse assim.
Até tinha começado bastante bem, um dia de sol quentinho, céu azul, algumas nuvens, mas um dia em cheio...por um bom motivo.
Daí que depois, tive um daqueles murros na minha confiança que não esperava... Sempre tive a minha porta aberta pra quem quer que precisasse ou me pedisse ajuda. Não poucas vezes escutei os lamentos e as desventuras de amigos, as chatices e confidencias. E sempre tentei dar o que podia, para pelo menos terem algum conforto e uma solução viável e realista. Também sei que muitas vezes dei uns puxões de orelha, mas só quem passa a mão na cabeça é namorado/a... e eu não sou de ninguém.
Daí que me apercebo que desta vez caí feita parva no conto do coitadinho. E se há um rol de coitadinhos neste mundinho azul...
Pro coitadinho tudo é um problema, tudo incomoda e tudo é razão pra desistência. Porque é um coitado sem sorte. E haja paciencia pra aguentar um bichinho destes. Mas eu vou tendo...infelizmente.
O que nunca pensei é isto: que tudo que este coitado contava era mentira... e mais que envolvesse mais gente nesta história sem pés nem cabeça. Um mentiroso com pinta é aquele que sabe mentir. Que sabe a mentira de cor e salteado de modo a não deslizar em falso no meio da conversa. E me calhou um coitadinho que além de tudo é péssimo mentiroso.
E eu odeio mentiras. Prefiro uma verdade crua do que me adocem a pílula, prefiro que me neguem uma ambição do que me façam andar pra nada. Porque mentira, mais cedo ou mais tarde se descobre. E a parte pior é quando descubro...é das poucas vezes que fico furiosa. Mesmo.
E assim, depois destes anos todos, depois de ter chegado na idade que cheguei caí no conto do vigário, onde a vitima não é vitima , mas sim um cabrão
Ainda não entendi bem a necessidade de mentir, de trair a confiança que oferecemos. E todos os dias depositamos a nossa confiança em pessoas que conhecemos ou não. Do nosso médico de família , ao carteiro, o restaurante onde comemos até ao padre da freguesia... todos os dias deixamos nas mãos de outros a nossa confiança. Mas esses ficam lá fora, só sabemos que são o sr.Doutor , o sr Carteiro ou o sr Padre. Mas quando a gente chama por tu alguém, que já comeu na nossa mesa, que já apareceu doente pedindo ajuda...é complicado. Muito complicado.
E cada vez mais vou me tornando desconfiada, uma coisa que nunca fui. Mas de uns tempos para cá, e deve ser uma fase, tenho tido assim umas rebordosas que me dão cabo da cabeça. E só pra não perder a razão e dar uns murros no focinho de alguém... desato a chapada no Tekken... um jogo de porrada na Playstation...
Há que encontrar escapatórias pra minha fúria...pra que quem não tem culpa... não pague pela tabela.
Apareçam
Rakel.
Realmente é desolador.Não há nada pior que trairem a nossa confiança. Ter amigos de uma vida inteira que, a páginas tantas, pintam a manta e nos mentem descaradamente, continuando a fingir uma amizade que regam com veneno, custa à brava... quando nos damos conta, parece que nos espetam uma faca nas costas...
ResponderEliminarrecuperamos a custo, mas precisamos seguir adiante, com a dificuldade acrescida de não podermos demonstrar ao mundo a razão do que nos doi. porquê, perguntar-se-à, simplesmente porque não se pode, porque isso despoletaria uma avalanche de acontecimentos que evitamos a todo o custo que aconteça. mas ainda assim, e apesar de sermos nós os lesados, quem lesa parece tomar a si todas as dores conseguindo a simpatia de todos. acho que se invertem as posições.
Odemira.. sou péssima actriz, não sei fingir que estou bem, que não se passa nada...por isso me refugio na minha montanha e saio da vida pública de quando em quando.
ResponderEliminarVai aparecendo
Bjo
Vou-te responder a este e ao "bloco de notas" ao mesmo tempo!!!
ResponderEliminarPor isso é que nós nos entendemos bem, porque não escondemos aquilo que somos.
Estou plenamente de acordo contigo, se todos fossemos livros abertos não haviam tantas confusões, nem decepções pelas expectativas causadas que depois são defraudadas.
Infelizmente, cada vez há mais pessoas que são como o teu coitadinho.
Há que aprender a conviver com eles e tirar o máximo partido sem nos deixarmos maxucar muito.
Mas que às vezes doi, à isso dói!!!!
Beijo
Por vezes há alturas em que me apetece simplesmente confiar. Passar a ouvir apenas o que as pessoas dizem, deixar de ligar ao que não dizem, aos silêncios, às respostas calculadas... Simplesmente relaxar.
ResponderEliminarEntão vem a vida e dá-me um chuto naquele sitio onde mais faz doer a alma e lembro-me que as pessoas são só pessoas. Faliveis...
Toda a gente tem o seu lado "B" e, visto de perto ninguém é "normal". É procurar viver o lado "A" de cada um e não deixar o outro lado estragar tudo.
Uma questão de não esperar de cada um mais do que ele pode dar...
Hoje estou um bocado filosófico. Deve ser da hora.
Deixo um beijo