Tralálálá

E eis que vai chegando de mansinho o famigerado Natal. O frio embora teime em ficar longe (e agradeço do fundo deste coração atribulado), as árvores largando as folhas, como quem larga os dias e vão adormecendo, e só mesmo pra estragar esta época é mesmo esta vetusta festa em honra de um menino deus/filho de deus/redentor dos homens.

É a época dos cartões de gente que não sabemos mais nada do que a mensagem de Boas Festas, que é arredio a dar um alô via fone ou pessoalmente. São os mails mandados em formato standart e fica aquela coisa meio sem graça.

É aquela tortura quase obscena de tocar músicas natalinas até a exaustão em lojas, na rua, supermercados e afins.É o choro das crianças com suas birras pelo brinquedo desejado e ainda não alcançado.

É o desespero de quem quer fazer a ceia, enfeitar a casa, e ver que o dinheiro não chega para tudo.

Pra mim, que não sou católica e muito menos ainda cristã, o Natal é absolutamente dispensável. Até porque foi adaptado às festividades pagãs, comemorando a morte do deus que depois despertará mais lá pros lados da Primavera.

Prefiro comemorar o facto de estar viva, com a minha saúde (embora ainda sem trabalho), com meus filhotes e amigos, poucos mas bons e presentes.

Não darei presentes de Natal, porque não ter de o ser. Vou dar mimos ao alcance da minha bolsa, pequenos mas de coração...no fim do ano.

Vou dar o meu abraço, o meu afecto, a minha risada. Vou continuar a escrever, e desta vez, vou organizar todas as coisas que tenho escrito em papéis soltos e coloca-los num lugar só, nem que seja um caderninho fajuto. Mas tá na hora de organizar as ideias.

Vou agradecer o facto de ainda poder escrever aqui no blog graças à Biblioteca Municipal, porque de outra forma me seria impossível. E vou agradecer ao facto de ainda não ter perdido totalmente a minha sanidade mental, apesar da palhaçada da Face Oculta, dessa cambada de corruptos de gravata e desta justiça de merda.

E em vez de cantar Noite Feliz, prefiro cantar com a Rita Lee "Tudo Vira Bosta", ou quem sabe Ultraje a Rigor o afamado "Filho da Puta". Uma musiquinha singela onde se descarrega a ira de quem vota e é enganado por essa cáfila de chupista.

O resto da malta, pode comemorar o nascimento de Gzuis e cantar Trálálálá...paz no mundo aos homens de boa vontade...

Fala sério....


Apareçam

Rakel.

Ps: Nada de pinheiro com luzinhas pisca-pisca made in China...Bonsai, vivinho e verdinho.