Começo, meio e fim





Outro dia, meio que emburrada com tudo (tem dias assim), peguei numa folha de papel e comecei a rabiscar umas palavras. Folha vazia, tela em branco e post por escrever é uma tentação. Dá vontade de rabiscar, escrever e colocar algo nesse espaço em branco.

E me peguei escrevendo um conto. Com os fones arrolhados nas orelhas, meio que alheia ao mundo que me rodeava, deixei a mão passear pela folha em branco.

O começo, é sempre fácil. É dar um lugar, uma imagem do momento e descrever o que vai na nossa cabeça. Preciso de um personagem. Eu? Não, não tenho talento pra personagem principal, gosto mais de fazer parte da acção mas de forma subtil . Bom, ponto assente, dois personagens directos e um indirecto. Boa. Época?? Intemporal. Tudo acontece de maneira igual, procuramos as mesmas coisas seja em que época for.

Agora o meio... explicar bem aquilo que se passa, colorir com a imaginação o enredo. Dar largas ao que me vai na alma e no pensamento, descrever coisas e pensamentos. Ena... tá ficando engraçado!! Mas não me alargo senão cansa o leitor.

Chega então o fim...

Aí... é que são elas, gaita!! Acabar já? Agora que ia tão embalada? Pois, mas tem que ser, mas não vai ser um fim assim sem opção. Nada de definitivo. Um fim que não é definitivo, a minha cara... ou não seria eu uma pessoa de contradições.

Pronto...acabei.

Falta o título. Sempre foi a última coisa a dar, um nome à uma situação ou assunto. Porque nada tem ordem, o começo pode ser um fim, um meio. Ou um fim pode ser um inicio. Ok tá acabado.

Um dia, eu publico o conto.

Apareçam

Rakel


Ps: juro solenemente que para escrever este post não usei ou tomei qualquer substancia alucinogéna. Um simples chá verde e um chupa de limão foram meus companheiros destas letras.

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