Ai o Amori...


Bom...depois de tantas provocações...e agora com algum tempinho...vou deixar algumas "confissões" por aqui...

No que respeita ao tema do Amor...bem, não é que não acredite...eu acredito no amor que tenho pelos meus filhos e pelos meus pais, ou seja num Amor incondicional, altruísta, como na teoria Budista "Advesa e maitri" são Amor benevolente que significa desprendimento e interesse altruísta no bem-estar dos outros.

Tantos foram e são os que tentam filosofar sobre este sentimento, eu não quero, até porque na verdade não o saberia fazer... acho no entanto que por ser um sentimento, cada um o sente à sua maneira! e não gosto que os outros opinem sobre o que sinto ou deixo de sentir...ou que classifiquem o que sinto se é amor ou não cada um saberá de si.... A palavra amor presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa e muitos chamam amor à afeição, à compaixão, à misericórdia, à atracão, ao desejo, à paixão...enfim...de um modo geral a formação de uma ligação, de um vínculo emocional com alguém, com animal ou com algum objecto... dizem que amam!! Ok, e porque não?? Como diria alguém que conheço...chamem-lhe um assobio!

Quando digo que não concordo com a Rakel, é quando se diz que só se ama quando se sofre!!!Ou que para se AMAR de verdade tem que se sofrer, ou como diz Miguel Sousa Tavares, no tal texto da discórdia, o amor é "fodido". Ora bolas!!! Isso para mim não!!! Se eu para amar tenho que sofrer, não quero, obrigada!

Ser amada...sabe bem....mesmo que seja por instantes...porque o que eu não acredito é no tal amor (entre homem e mulher) para toda a vida. Para toda a vida só acredito no tal Amor que tenho pelo meus filhos e pelos meus pais!

Acho que se pode amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo, mesmo que seja só por algum tempo...mas tem que ser bom...não concordo com Amor=Sofrimento, e não o quero para mim!!!

O Amor é um sentimento de excelência, e pode ser sentido de diferentes formas, mas é vital para as nossas vidas como o ar, e é reconhecido por todos que o amor equilibra e traz a paz de espírito, seja lá qual for o "objecto" (em significado lato) desse amor. Mas, como tudo na vida, tem que ter equilíbrio e também há quem ame de mais e.. aí chega o sofrimento...aí para mim já não é amor...é outra coisa qualquer...

Eu Amo a vida, os meus filhos e os meus pais de uma forma incondicional, mas a vida tem que ser vivida de uma forma colorida...e se para isso tivermos que viver pequenos grandes amores....assim seja!!!

Vale sempre a pena pensar nisto...ou não...

Jessy



Comentários

  1. Mais um execelente post pra gerar controvérsias, mas é que vale mesmo pensar sempre nisto. Concordo em quase toda a teoria, apenas discordo na possibilidade de se amar (no seu nobre e puro conceito) mais que uma pessoa ao mesmo tempo, quando isso acontece já terá que se designar outro nome pra esse sentimento humano. Agora o ideal mesmo é andar apaixonado sem chegar ao último patamar, isso é que é vida sem chatisses e problemas genéticos. Também concordo que todos devem passar, nem que seja uma vez por esse último patamar. Pra saberem o que realmente custa a vida ... ah!!..ah!!..ah!!

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  2. Bom, na verdade o conceito de se amar uma única pessoa surge de um comportamento social impingido pela religião. Tem praí poligamia a rodos. Numa província da China, as mulheres podem casar com mais do que um homem, nem sequer preciso lembrar os do médio oriente onde existe uma favorita e depois o resto do harém como banco de reserva e, segundo consta, todas merecem a atenção. Como tu mesmo disseste, não se pode julgar os demais, nem os comportamentos que pra nós são estranhos. Mas de qualquer forma, por muito estranho que seja, aceito o amor nas suas tortuosas e coloridas formas.

    Antes amar do que ficar marinando no desespero. E concordo que namorar é muito mais saudável e divertido que amar...esse patamar só trás complicações.

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  3. Vale a pensa sim.

    Comecei em busca de leituras e cheguei até este blog.

    Quando li este título, Ai o Amori…pensei: chamaram?!

    Fala-se aqui de Amor nos seus géneros, e de um tal Amor que dói, o Amor dos Amores. E é nesse que vou assentar.

    O Amor é natural, é puro, é livre, é intrínseco a nós quando nasce. É o mais maravilhoso sentimento.

    E tudo o que é mais intenso, é mais sentido, na panóplia de emoções que com ele se pode sentir.

    Sei que não depende só de nós, mas de um mundo infindável de pormenores e “por-maiores” que fazem dele a alegria mais extasiada ou a tristeza mais profunda das nossas vidas. Com tanto mais para desenvolver, neste particular conceito do Amor, por si só e de forma crua, penso que O AMOR NÃO É FODIDO, AS PESSOAS É QUE O FODEM.

    Se nada ou ninguém nos pertence, se ninguém é de ninguém, então o que dói são os afectos, na saudade, na ausência, na perda, na falta, assim como o que mais encanta ou preenche, são a chegada, a presença etc.

    Se nada ou ninguém nos pertence, se ninguém é de ninguém, é o Amor que cria a necessidade daquele cheiro, daquela pele, daquela alma e é aqui que o Amor exclusivamente ama e é selectivo.

    Um reconhecido psicólogo afirma que “quem ama não trai”, não porque alguém lhe tenha dito que é assim, ou porque a fidelidade é um conceito a defender, mas apenas e porque a plenitude de amar está naquela pessoa, assim livremente. Aqui também concordo que este sentimento é naturalmente exclusivo a uma pessoa.

    Sem julgamento de valores, por tudo o que nos rodeia, conceitos, opções, “obrigações”, cada um sabe o que melhor lhe assenta, e o faz feliz, ou os caminhos que percorre ou tem de percorrer, mas, é valente quem ama, sim, e tem coragem de o sentir e de o viver.

    O ideal seria chegar a este patamar…com mais bem-estares que pesares.

    Tiro o sapato … mato-me de amores, mas ainda acredito, na felicidade plena deste verdadeiro estado libertador.

    É que, eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim.. ih ih ih

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  4. Gabriela, antes de mais nada obrigada por visitar o nosso espaço. Depois gostaria de frisar que, embora o post tenha sido feito pela Stela com o pseudónimo de Jessy, tomarei a liberdade de responder.

    Gabriela, respeito a sua opinião, é sua, baseada na sua vivência e na sua maneira de ser. No caso do amor, certo e errado é ambíguo. Muitas mulheres acreditam que os maridos lhe batem por amor, que isso com o tempo passa e em cada reconciliação ternurenta é um prenuncio de mudança...até a próxima tareia. Isso é amor? Elas poderão afirmar que sim, na minha modesta opinião... não.

    Sendo o amor um sentimento tão sublime, pregado por todos, creio que deveria ser tudo menos sofrido, doloroso, mas há quem ache que amor a valer é aquele que faz doer até a alma. São opiniões que só me cabe à mim aceitar, embora não concorde com elas.

    O amor é mesmo fodido, desculpa mas é, pois se não fosse, não faria ninguém tirar os sapatos com ciumeiras, não se ficariam a chorar no duche,no escuro da noite nem seria tão pouco igualitário e bem distribuído. E se achas que são as pessoas que fodem o amor... é porque são as pessoas que o sentem, ou menosprezam,até ignoram.Daí ser fodido. Amor palavra ou conceito não exerce, não exercita e perde validade...

    ...que por acaso é outra vertente do amor. Tem prazo de validade. Opinião minha, mais uma vez, que se revê nos amores que já foram e que se sente perfeita bem para os de agora e futuros. Porque ao meu ver... e me perdoe a arrogância, o melhor amor nem é o primeiro e nem será o último. O melhor é aquele que se vive no momento, que não dói, que não nos martela a alma e que nos revemos por inteiro sem deixar de ser quem somos.

    Gabriela, obrigada em nome da Stela pela tua opinião, é valida, verdadeira para ti e por isso mesmo, digna de ser respeitada.

    Bjo

    Rakel.

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  5. Bom dia Rakel e Stela e obrigada pelo teu comentário ao meu.

    Só queria voltar a frisar o seguinte, que cada pessoa é um mundo e cada situação um universo, e falei de Amor, na sua forma crua e pura, sem estereótipos ou conceitos, abordando apenas na sua ambiguidade alguma vertente emocional nele contida, a "elicidade", e a questão da dor e da possibilidade de doer; também como comentário à esta frase exposta no post que passo a citar:

    "Quando digo que não concordo com a Rakel, é quando se diz que só se ama quando se sofre!!!Ou que para se AMAR de verdade tem que se sofrer,"

    Em suma, sou da opinião que sem este sentimento maior talvez nos possamos "proteger" de alguns "sofrimentos", mas "aquela" plenitude dos melhores estados e emoções e do estar inteiro, é também com ele que acontecem.

    Tal como disse, para mim, o ideal seria chegar a este patamar sim,e atingir este estado pleno,mas como libertador, não atrofiante, sem dor e, aqui concordo em absoluto contigo, "sem deixar de ser quem somos"...e até a elevar mais ainda o que somos.

    Utopia?!



    Vou continuar as leituras, assim o possa...

    Até breve



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  6. Gabriela... na altura que escrevi sobre o assunto estava a entrar numa determinada fase da vida que me deu a minha tradução sobre os sentimentos. Chegou no fim, depois de um longooo relacionamento, depois dos filhos e de tudo aquilo que se planeja, e fui eu que decidi esse fim. Dei-me conta que já nem era eu que lá estava, que tinha mudado em detrimento dessa pessoa, o que não foi bom nem para mim, nem para ele. Aprendi bem a lição, como todas as lições tiradas a partir daí.

    Passados quase 4 anos, posso afirmar-te que algumas coisas mudaram, e se continuares a ler o blog, vais notar justamente isso. De certa forma, o blog tem me mostrado justamente isso... as minhas mudanças e evoluções, o meu caráter, aquele que é mesmo meu, não o que esperavam de mim e isso... é libertador.

    Com o passar do tempo e o avançar da idade, a perspicácia aguçou-se assim como o sarcasmo e uma certa dose cínica de ver a vida. Sem que com isso perca de todo a mesma capacidade de entrega e sinceridade emocional. Isso são coisas muito nossas, mas que se tornaram mais exigentes e cautelosas. Não quero qualquer coisa para mim, tão pouco quero qualquer pessoa comigo. E recuso-me a sofrer seja por quem for.

    Pessoas entram e saem da nossa vida por razões bem definidas, deixamos entrar e oferecemos a saída sempre que isso signifique o nosso bem estar.

    Mas uma coisa posso te garantir: por muito racionalizado, falado, equilibrado, vívido e tranquilo amor... sofre-se na mesma. Por medo de perde-lo, pelo facto de nunca ter a certeza do quanto vai durar, nem tão pouco se pesa tanto na vida da outra pessoa quanto na nossa. O ser humano é feito de incertezas, de dúvidas. E por muito que se diga que se acredita estar de olhos bem abertos, de entrar com todas as cartas da mesas... as pessoas mudam.

    Eu mudei, por uma relação e não foi nada bom, mudei outra vez... e agora me sinto mais eu. Facto é que com alguém ou sem ninguém, só há uma pessoa difícil de viver quando não está bem. E essa pessoa somos nós. Portanto Gabriela, eu venho em primeiro lugar... depois o outro. Ou é assim ou não há mais nada a declarar.

    Continua lendo... e até logo :)

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  7. Percebo muito bem.

    E todas essas "borboletas" do Amor.

    Quanto mais gostarmos de nós, talvez mais nos respeitemos, assim como os outros a nós.

    Mas, ainda não nascemos com botões.

    Resta evoluir, o mais possivel.

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  8. Então vou passar uma teoria, que embora não seja feita de botões on/off é feita de penso rápido. :)

    A melhor maneira de... "desligar" de alguém é por meio do processo igual ao de tirar um penso rápido duma ferida: se puxas aos bocadinhos dói, desistimos umas tantas vezes e fazemos paragens. Eu cá sou adepta do puxão seco e rápido. Dói uma vez só, arranca pele, sangra... mas só uma vez. E deita-se fora o penso. E sabe... dá certo e só precisa de decisão e coragem :)

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