Musicando...

Musicalmente falando, temos fases, isso é claro como a água. Embora não tenha sido muito do meu estilo a música dos "martelinhos", com a rara excepção para Jeff Mills e o trabalho que fez junto com a Montpelier Philharmonic Orchestra... sempre segui uma linha diferente do resto da malta.

Pra já, meu pai era aquilo que a gente chama de um maluquinho da música Clássica, e não contente de ficar assobiando junto com as obras tocadas em alto e bom som, ainda por cima fazia questão de gravar as famigeradas cassetes pra ouvir no carro. E aí eram aquelas viagens torturantes, numa delas, com a Traviata no seu fim por nós desejado (...eu e meu mano) em que ela fica praí mais ou menos meia hora pra morrer...e eu olhava pro meu irmão e sussurrava "ela nunca mais morre..." Enfim.

Pode-se dizer que foi hábito ouvir música erudita em casa... De Bach à Berlioz, de Madame Butterfly à Plagliacci (que por sinal até gosto), aos pungentes acordes de Chopin à exuberância de Mozart ou o delirante Wagner... passei por tudo.

A minha escola de lá, da terra Brasilis, nos levou ao teatro Municipal de São Paulo para vermos como é uma Orquestra Sinfónica e como é diferente o som ao  vivo. Foi aí que aprendemos muito mais do que pensávamos, que nos maravilhamos com aquela sala enorme... e ficamos a saber que aos Sábados e Domingos de manhã haviam os ensaios e a entrada era gratuita  :)

Daí que não é de estranhar que de certa forma acabe por gostar de músicas mais épicas, portanto, dentro do panorama musical os metaleiros tem uma boa dose de mistura entre o clássico e o pesado. O certinho com a maluqueira de abana cabeleira... e sinceramente, nunca achei que uma coisa pra ser boa tenha que ser formal. Porque música é sentimento... é transcendental. É alma. E alma não consegue ficar quieta quando lhe puxam, remexem com sons.

Daí que achei piada este maestro que conseguiu pegar naquelas pessoas do público tão formais e colocou-as junto com a música...participativas.



Por outro lado..acho piada quando o lado clássico, como um quarteto de violoncelos se juntam pra pegar numa música dos Metallica.. e sai esta beleza...



Daí que com música pode-se tudo... pegar num violino, electriza-lo e colocar na mão de uma Vanessa Mae que pega no soturno Bach e faz dele uma música mexida...



Já agora....

Isto é Rammstein...



E isto é Épica...



........... tem tantas coisas pra ouvir... porque sempre o mesmo??

Apareçam...

Rakel.