Porque Uma Gaja Não deve Beber...ou apanhar uma chiba daquelas...

Antes de mais nada, fiquem a saber que essa historinha fajuta que álcool descontrai só dá barraca. Antes de mais nada, apanhar um porre atómico só serve pra matar uns milhares de neurónios, que já de si são poucos pra evitar metermos o pé na poça a toda hora.  O álcool é  um depressivo.

Daí que quando um tipo se lembra de beber pra descontrair, e não tem medida, acaba tão descontraído que nem com promessa à Santo Espedito a coisa vai. Arreia de vez e nada há a fazer. A fase "alegrinho" ainda tem o seu quê de interessante...porque fica menos apressadinho.


Mas, pra nós as gajas, a coisa pia mais fino. De uns tempos pra cá, perdeu-se a máxima "mulher não bebe". Agora é : "Mulher não bebe...pouco..."

Não vou aqui me arvorar em santa da vila, mas fiz uma promessa juramentada de nunca mais apanhar uma bebedeira...faz uns 20 anos. Nem sequer deixo chegar na fase muito divertida de "alegrinha". Isso de dar consolo à dor de corno alheia, tocada a vinho tinto maduro (que enjoei pro resto da minha vida), cerveja e schnaps...acabou comigo e me fez arrancar as espias de todas as tendas que estavam no meu caminho. Aí, no dia seguinte amaldiçoei o meu fígado, o sol, o barulho do mar e a falta de sentido de humor da minha cara metade. Foi fatal.


Minhas senhoras gajas, se querem saber porque não devem apanhar uma carraspana... aqui deixo o meu modesto estudo comportamental das gajas aos tombos.

Levamos uma vida agitada, cheia de coisas pra fazer. Casa, trabalho, filhos e os companheiros possíveis ou não. Somos o somatório das nossas experiências, da nossa vivência. E fazemos questão absoluta de esconder todos os nossos possíveis anseios, desejos ou fraquezas que possam ser usados contra nós. Guardamos ciosamente o nosso lado privado, e à muito poucos deixamos saber o que vai cá na nossa cabecinha aparlemada.

Aí, numa festa, jantar ou outro motivo qualquer que haja pra se beber uns copos, uma gaja perde a medida e se acaba numa carraspana de caixão à cova.

Tem a história da recatada e sóbria assistente de tesouraria que acabou em cima de uma Xerox, dançou e depois de vários pedidos insistentes...fez um Strip onde mostrou que por baixo daquelas roupinhas sem graça tinha muita mulher...Depois disso, ela mudou de emprego e deixou imensas saudades aos colegas de trabalho. A fotocopiadora nunca mais foi a mesma.

Tem a bêbada depressiva que só chora e ataca todo mundo (essa eu chamo da Pitt-vodka), tem a aquela que parece que tá na igreja e se confessando pro padre (essa eu chamo de Beata- Rum) e tem aquela que se atira pra cima de tudo que use calças  (essa eu chamo a Paris- Gin-Tónico). Assisti a estas demonstrações etílicas de comportamento distorcido, pelo simples facto de ser a única sóbria no grupo.




E verdade seja dita, se houver um único ser alcoolizado num raio de 100 metros há de me encontrar e me atazanar o resto da tempo. Deve ser penitencia de algum pecado muito grave noutra encarnação minha.

Senhoras gajas, se realmente não quiserem que se saibam os segredinhos todos ou que saia cá pra fora a Lady Gaga que há em si, tenham cuidado.

Porque senão, acontece de acabar a noite em vestido de gala, de gatas no meio da cozinha e com um amigo ao seu lado perguntando se estás a jogar ao berlinde... além de ter jogado umas "pizzas" pela sala toda...

E meus senhores gajos, poupem tanta descontracção, por que não há pachorra aturar um marmanjo chorão, ou então briguento.


Apareçam

Rakel

Comentários

  1. Para quem ia contar cenas depressivas, até que tiveste piada.

    Uma coisa: O alcool deprime mas é quando o efeito começa a passar. Até lá pode ser bem agradável. Obvio que o outro dia...

    Beijo

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