O sol aparece no horizonte e anuncia um novo dia, mesmo que nasça farrusco e molhado, não deixa de ser a luz em oposição da escuridão. É um facto. Mutilado e organizado em necessidades e obrigações, horas, marcações, relógios de ponto e planos, organizamos a nossa vida nessa roda horária permanente. E não ficamos satisfeitos em apenas ir dividindo o dia de hoje, fazemos isso à distancia, marcando e planeando os dias que ainda estão por vir. Queremos controlar o futuro.
Controlar o tempo.
Jogamos no amanhã tudo aquilo que não coube no hoje, é uma tentativa de completar tudo aquilo que na nossa imaginação cabe, o que dá pra fazer desde que acordamos até quando o cansaço nos vence e nos deixamos dormir.
No amanhã jogamos nos sonhos, nas possibilidades, contamos com ele como um dado adquirido, uma proximidade com um futuro mais ou menos distante e insondável, mas mesmo assim, planeado. Há quem lute com todas as forças para que o ideal próprio do amanhã seja tal e qual como foi planeado. Passam por cima de tudo, esquecem as pequenas mas necessárias coisas que temperam a vida: o riso, o abraço a atenção de um olhar.
E assim o hoje passa correndo, desapercebido, porque não é o amanhã. No amanhã sim, as coisas acontecem. Amanhã tem tempo, depois farei, depois falarei ou direi.
Embora a nossa cabeça diga que controlamos a nossa vida, que temos todo tempo do mundo...a vida, que é o ontem, o hoje e o amanhã nos lembra da fragilidade de que somos feitos.
Basta um leve tremor, uma fúria dos elementos, uma explosão dos insatisfeitos...e tudo se acaba, o tempo estanca e já não há mais dias a nascer que acabam na noite escura.
Ontem e hoje...lembrar de quem não pude abraçar e dizer adeus, ou daqueles que disse adeus e abracei, mas que sinto tanto a falta. Dei-me conta de mesmo que, mesmo que eu entenda este percurso escorregadio da vida, não entendo as perdas, não as aceito. Não me conformo com a perda de ninguém, de quem lutou até ao fim pela vida, que se agarrou aos minutos que lhe restavam. Não aceito quem fez por não lutar. E talvez por isso, faça tanto sentido pra mim uma nova volta, o reencontro que o acaso coloca diante de nós.
Mas mesmo assim, sabendo e acreditando que toda vida que se vai, que seguiu seu caminho depois de ter feito o que podia do seu tempo, voltará um dia... fico sempre pensando se essa vida não perdeu muitas oportunidades de dar o seu sorriso, seu abraço e um pouco do seu tempo.
Ou sou eu, que nasci com a fome dos sorrisos e abraços, ou ninguém se importa com o hoje que foi o amanhã de ontem...
...nunca pensei que quando me disseram : "Prepara-te" que viesse a ser tão difícil.
Apareçam
Rakel.
P.S: Não, não morreu ninguém que me seja chegado, nem é preciso isso pra lembrar o quanto a vida é fugaz.
Aproveitem a vida, com sorrisos, abraços e olhares nos pequenos detalhes.
Controlar o tempo.
Jogamos no amanhã tudo aquilo que não coube no hoje, é uma tentativa de completar tudo aquilo que na nossa imaginação cabe, o que dá pra fazer desde que acordamos até quando o cansaço nos vence e nos deixamos dormir.
No amanhã jogamos nos sonhos, nas possibilidades, contamos com ele como um dado adquirido, uma proximidade com um futuro mais ou menos distante e insondável, mas mesmo assim, planeado. Há quem lute com todas as forças para que o ideal próprio do amanhã seja tal e qual como foi planeado. Passam por cima de tudo, esquecem as pequenas mas necessárias coisas que temperam a vida: o riso, o abraço a atenção de um olhar.
E assim o hoje passa correndo, desapercebido, porque não é o amanhã. No amanhã sim, as coisas acontecem. Amanhã tem tempo, depois farei, depois falarei ou direi.
Embora a nossa cabeça diga que controlamos a nossa vida, que temos todo tempo do mundo...a vida, que é o ontem, o hoje e o amanhã nos lembra da fragilidade de que somos feitos.
Basta um leve tremor, uma fúria dos elementos, uma explosão dos insatisfeitos...e tudo se acaba, o tempo estanca e já não há mais dias a nascer que acabam na noite escura.
Ontem e hoje...lembrar de quem não pude abraçar e dizer adeus, ou daqueles que disse adeus e abracei, mas que sinto tanto a falta. Dei-me conta de mesmo que, mesmo que eu entenda este percurso escorregadio da vida, não entendo as perdas, não as aceito. Não me conformo com a perda de ninguém, de quem lutou até ao fim pela vida, que se agarrou aos minutos que lhe restavam. Não aceito quem fez por não lutar. E talvez por isso, faça tanto sentido pra mim uma nova volta, o reencontro que o acaso coloca diante de nós.
Mas mesmo assim, sabendo e acreditando que toda vida que se vai, que seguiu seu caminho depois de ter feito o que podia do seu tempo, voltará um dia... fico sempre pensando se essa vida não perdeu muitas oportunidades de dar o seu sorriso, seu abraço e um pouco do seu tempo.
Ou sou eu, que nasci com a fome dos sorrisos e abraços, ou ninguém se importa com o hoje que foi o amanhã de ontem...
...nunca pensei que quando me disseram : "Prepara-te" que viesse a ser tão difícil.
Apareçam
Rakel.
P.S: Não, não morreu ninguém que me seja chegado, nem é preciso isso pra lembrar o quanto a vida é fugaz.
Aproveitem a vida, com sorrisos, abraços e olhares nos pequenos detalhes.
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