Conversas de Gajas - O Homem Ideal


Eu faço um esforço pra lá do imaginável pra entender as coisas. Sempre achei que conhecimento é poder, uma forma de ter escolhas para decidir o que quero ou não.

E da mesma maneira que o universo feminino encantam e desconcertam os homens, o contrário é recíproco. E por mais que me digam que os homens são descomplicados, eu não compro essa máxima. Mas são ao mesmo tempo (quando querem) amorosos e divertidos, fascinantes mesmo.

Da mesma forma que as mulheres tem vindo a mudar a sua maneira de ser e estar no mundo, os homens também apostam na mudança. O que não evolui, estagna e extingue. Toda mudança é bem vinda e desejável para, pelo menos, o bem estar privado.

Como já disse num post anterior, há uma tribo nova de homens sensíveis. Felizmente, aquele espécime que bate no peito e grita como o rei da selva, se acha detentor da razão e verdade está dando seu último suspiro e espero que a National Geographic não queira fazer um programa de protecção para está espécie desnecessária.

E se nós, gajas esclarecidas e donas do nosso nariz, soubermos dar valor e acarinhar está nova geração de homens, só teremos a ganhar com a coisa. Só precisamos de ter a paciencia devida e alguma boa vontade pra entender. 

Ok, não vamos generalizar, isso é uma armadilha muito fácil de se cair. Mas vamos ter, pelo menos, a boa vontade de conhecer e entender. Não podemos colar a imagem do paizinho nos homens todos que conhecemos (se assim fosse, eu tinha dado em lésbica), nem pegar nos romances cor de rosa e esperar o homem ideal bater na nossa porta, apaixonado e com um brutal ramo de rosas na mão. 



As coisas não são assim, homem ideal não existe, a mulher ideal também não. Graças aos céus e todos anjinhos e querubins que isso é assim. Mas há um bom número de coisas que pesam nessa procura do par, da alma que nos completa. E isso, por vezes, acaba por ser uma surpresa. Porque o ideal não se ajusta ao que riscamos na mente, aquele esboço que invariavelmente é básico . O ideal não respira, não tem toda uma história de vida, é uma imagem apenas. Embora seja toda a favor do uso divertido da imaginação é preciso ter os pés no chão.

As pessoas nunca poderão ser aquilo que a gente quer delas, porque isso implica mudar o que elas são. E aí perde a graça toda. Mudar é uma questão pessoal, surge da NOSSA vontade. Uma imposição de valores ou regras de conduta redunda no desencanto. No nosso e de quem queremos mudar, porque por mais que a gente mude e tente ser aquilo que querem de nós, jamais em tempo algum seremos a imagem e semelhança do ideal desejado. E aí nos perguntamos: O que sou não te basta? Se a resposta é não... então é hora de acabar e sair.

E é preciso mais coragem pra perguntar do que mudar.

Ana, dedico à ti este post, na esperança que tu entendas que se hoje te caiu uma desilusão em cima... mais vale um desengano na vida do que andar a vida toda enganada...

Melhores dias virão e estamos aqui pro que der e vier.




Apareçam


Rakel

Comentários

  1. Só a começar pelo Desenho, está fantástico ... Depois dedicado a Alguém é sempre uma ternura e por fim, a ideia está no seu Realismo perfeito, sem Femenismo ou pretensões a Machismos. Parabens mais uma vez, continua a aproveitar esse talento, quem sabe se está a passr ao lado de uma grande carreira.
    Beijo Realista.

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  2. Carreira? Hummm...quem sabe um dia este blog não vira um livro?

    Bjo

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  3. Porque não Rakel? O blog "Pipoca mais Doce" já é livro e pelo teu jeito de escrever, certamente o teu livro seria uma agradavel realidade e um brinde a todos quantos passam por aqui para se deliciarem com as tuas crónicas.

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  4. Completamente de acordo com a tua conclusão.
    Tal como costumo dizer "não há-de chover para sempre".

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