Solidão




Faz uns tempos, falando com outro bloger, discorremos a diferença entre estar só e ser sozinho. São duas coisas bem distintas uma da outra, mas no fundo um reflexo de como vemos a sociedade e nos relacionamos com as pessoas.

O facto de uma pessoa estar só não quer dizer que seja sozinho,  é uma opção de vida ou de uma de uma fase em que, por uns tempos, é necessário o afastamento dos que nos rodeiam. São aqueles momentos que preferimos a companhia dos nossos botões, onde armamos uma cavaqueira amena e despretensiosa de pensamentos e objectivos. Pra mim, por vezes, é uma necessidade. E sou bastante flexível, sem botões há que dar lugar ao fecho eclair , aos elásticos e aos cordões. Depende do vestuário.

Ser sozinho é um estado quase sólido, é a sensação de não pertença à nada. Quase uma imposição que nos força à um estado de total isolamento, é como sentir-se um pontinho no canto do universo. E isso não quer dizer necessariamente que isso se deva por falta de capacidades da pessoa. É como se por dentro nada houvesse que encaixe correctamente, que preencha lacunas.

Acredito que há horas que queremos estar sós (tipo, depois de uma derrota de 5 a 0 do Porto... eu me esconderia numa caverna ), que é preciso um tempo de reflexão interna, uma manutenção de tudo que vai cá na alma.
O ser só é incontrolável, é algo que nos empurra pra um buraco bem fundo, escuro e frio. É como uma sentença sem que haja uma culpa.

E as pessoas que são sós, tem uma tendência alarmante a terem comportamentos estranhos. De sociopatas à esquisitóides... venha o capeta e escolha. Há toda uma gama multicor que vão dando nas vistas embora sejam sós. E me pergunto se este tipo de excentricidades não seja uma forma torta e mal amanhada de conseguir ter um pouco de atenção, como este sujeito aqui.

Digo de coração: prefiro ir à um funeral do que à um casamento. Um funeral é uma perda sim, mas como acredito que há mais do que esta vida recheada de delícias, que um dia voltaremos pra mais uma volta neste carrocel louco da vida material...é mais aceitável pra mim. Até porque faz parte do nosso ciclo vital, nascer, crescer, viver e morrer. Agora casar?? É como fazer questão de estragar a vida de duas pessoas (se não tiverem filhos...claro) deliberadamente. E ainda por cima casar com um objecto?? Isto é o superlativo de como a solidão pode levar a comportamentos desviantes e pouco recomendáveis...

Imaginem esse gajo, levar a "cônjuge" pra um almoço de domingo na casa dos pais... ou então no baptizado dos sobrinhos...ou então...valha-me são kitkat,... ele dizer aos colegas que não pode acompanhar na rambóia dessa noite.. porque a mulher não dorme sem ele...afffff...

E a minha mal afamada imaginação desenrola diversos enredos para este caso insólito, triste e muito, mas muito bizarro...

Já vi gajos trocarem a namorada pelo carro (naqueles ultimatos : ou eu ou o carro), ou por uma carreira...

O mundo anda louco... e não apresenta melhoras...

Apareçam

Rakel


P.S : já agora.....BENFIIIICAAAAAAA!!!!!

Comentários

  1. Pois é, há quem case com almofadas e há quem tenha familias informáticas em casa.
    Cumprimentos ao Adérito, à Alzira e à Kátia
    Não resisti.

    Jinhos

    BBBEEEEEEENNNNNNFFFFFFIIIIIIICCCCAAAAAAA

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  2. Catekistaaaa...tu sabes o talento nato ke tenho pra dar nomes e alcunhas, por isso seria muito impessoal deixar esta família temperamental e completamente louca sem nome. E segundo a religião/filosofia Sheisho-No-Ie...tudo tem alma... parede, cadeira, televisão...porke então não um nome? Mas daí casar??? Afff fala sério...

    Bjo

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  3. Mas pelo menos não ressona, não tem mau feitio matinal, não chateia...Ah!, e não pede pensão de alimentos
    Se calhar são só vantagens, quem sabe!!!!
    Mas concordo contigo...
    Fala sério...
    Bjo e Bfds

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