Libido, gajas e gajos e o sexo...


Digamos que este fim de semana foi daqueles que me fez bem. Pra já, a chegada desejada de um sol radiante, um céu azul que quase tinha esquecido como era e uma certa paz alcançada.

As perspectivas de bom tempo, da chegada da época das saídas com as amigas e de tanta coisa nova por vir, me deu aquele alento necessário pra me fazer sentir bem. E na noite de ontem, Domingo, estava eu aqui meio baralhada numa conversa em 3 janelas diferentes do msn...quando perguntei pra malta se poderia juntar todos na mesma conversa...geralmente um festival de besterol pegado, mas absolutamente divertido. Somos todos tão diferentes um dos outros...

Assim, eu, a Ana , Stela e  o Alex entramos numa animada cavaqueira...que em menos de um nada descambou evidentemente em libido e sexo...essa grande dupla que apesar de poderem andar sozinhos...quando juntos tem mais piada.

Sem libido há sexo certamente, claro, mas como diz a propaganda... não seria a mesma coisa... Uma boa dose de libido, mais uma pitada de luxúria e um entusiasta companheiro/a de diversão é o jackpot!! A libido, mais conhecida por tesão, tem um equilíbrio delicado. É muito complicado levar pra cama (ou sofá, banheira, varanda, despensa)  alguma libido se durante o resto do dia, dos meses e anos o nosso ego foi sistematicamente detonado pelo nosso par. A perda de cumplicidade, do respeito, do diálogo leva à morte certa da libido.

Aí é só aquele sexo sem graça, mecânico, sem entusiasmo, como diz o Alex, que não favorece em nada a nossa evolução e sabe sempre... a pouco. E aqui não coloco culpa nos gajos, porque há gajas que também esperam que o tipo seja um "faça- você- mesmo"  e não coloque uma pitadinha de empenho na coisa.
Numa conversa anterior com o Alex, ele achava chato o facto de que as gajas associavam logo a tesão como processo imediato quando se inicia a função... Tipo... dizer "é já!"... e já está a bandeira hasteada e pronta. Se isso não acontece de imediato, as gajas pensam que não são atractivas e que não despertam nada nos gajos.

É verdade que culturalmente fomos acostumados/as a ter essa imagem de que a libido é imediata, nada trabalhada e que surge do nada. Praí uns 50 % dela é mental, os outros 50 ficam nas mãos dos estímulos. Se já não há estímulos, se a gente se sente uma barata, se o nosso ego está de rastos... que milagre esperam?? Que a gente se sinta motivado e sorriso nos lábios? Dããããaãã....
E quando digo nós, englobo gajas e gajos.

Da mesma forma que há gajos que pensam que o simples facto de passar a mão no rabo de uma gaja e dizer que lhes apetece brincadeira...serve de incentivo ao libido e ao sexo fantástico. Há que haver empenho, há que haver alguma dedicação e perder uma boa dose de egoísmo. Porque há gente muiiiito egoísta, que se limitam à uma "coelhada" (aquela rapidinha, em  que uma gaja só começa a sentir alguma coisa quando ele já acabou ) que começa tudo sempre da mesma maneira e acaba sempre da mesma maneira... a monotonia...


E daí, minha gente, pensando bem na coisa a minha conclusão é esta: a rotina, a monotonia, o distanciamento leva geralmente à este estado de coisas. E o que leva à isto tudo? Ao convívio sistemático e diário com o nosso par, viver junto, casar. Enquanto somos pessoas donas do nosso espaço físico, dos nossos horários, do nosso espaço pessoal, a coisa corre muito bem.

Enquanto somos namorados, amigos e amantes a coisa corre sobre rodas e pode durar imenso...mas quando se instala a rotina, a convivência com os defeitos, as manias e aquelas pequenas coisas insignificantes mas irritantes.. a coisa dá pro torto. E aquela pessoa que até um dia foi fantástica... torna-se no maior pesadelo atrelado à nós. E não há como haver tesão, cumplicidade e vontade.

E não há como negar que, apesar de tudo somos seres que necessitam de alguma atenção, mas que ao mesmo tempo precisamos do nosso espaço como pessoas. A nossa personalidade, a nossa vontade não pode ser controlada apenas por um lado dos pares. Ou há sintonia, ou o caldo se entorna. E das muitas pessoas que me podem apontar, como exemplos dignos de anos e anos de vida em comum, me pergunto se realmente é assim. Me pergunto quem foi anulado, que se deixou acomodar ou quem foi o covarde suficiente pra não sair desse marasmo em que ficou enredado. Nessa relação que já não tem mais nada pra dar...

Até podem discordar de mim, até podem achar uma solução viável pra coisa...mas é assim que vejo acontecer vezes em conta.

Ana, Stela e Alex... espero que a gente possa se juntar mais vezes pra conversar...e vamos lá ver desse tal jantar ok?

Apareçam...

Rakel.

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