Beijos e Chocolates


Segui na T.V um documentário interessante sobre o nosso corpo, as suas capacidades e tudo aquilo que a gente faz por não estimar. E bem me apontam o dedão muitas vezes por causa disso: "olha o que fumas, bebes muita cocacola, olha os croquetes"...chiça!!!

E assim com esse rosário de vigilância e os nãopode!, palavra única que me acompanha desde a mais tenra infância, chego à idade adulta sabendo que este corpo é uma máquina perfeita e que arranja mil e uma formas de se proteger e garantir a nossa sobrevivência.

Vi um testemunho de um paleontólogo que sobreviveu 35 dias dentro de uma gruta, sem comer e sem beber, apenas usando a energia dos músculos e gordura do corpo... baixando automaticamente o metabolismo o mais possível.
Assim como pai e filha que sobreviveram no deserto.. acho que da Austrália (perdi esse bocadinho porque tava cheia de sede e fui buscar uma gasosa) sem água, durante uma semana...

Vi o que a adrenalina pode fazer ao nosso corpo, as energias que temos acumuladas para fazer da nossa fuga ao perigo uma realidade. Como os nossos ossos aguentam choques brutais, pesos enormes e se recompõe. Foi fascinante.

E nosso cérebro comanda esta cena toda sem a gente dar por nada, mesmo que hajam uma Marineusa e uma Ceiça meio loucas dominando o T 0.


Mas houve um programa em que fizeram sobre as sensações que o cérebro recebe e de que forma se repercutem. E aí apareceu uma coisa que me deixou com pensamentos inconclusivos.
Seguinte: pegaram num casal, colocaram sentados frente a frente numa mesa. A cabeça cheia de fios e rebimbocas da parafuseta colados para medir, calcular reacções. E aí dão um beijo. Bom, não era um beijo... foi um selinho. Aquela coisinha sem graça que dura uns 3 segundos e acontece com mais de 20 anos de convívio forçado. Não foi "O" tal do beijo.

Mediram a escala de prazer que o casal recebeu e passaram para o teste seguinte. O mesmo casal comeu cada um um quadradinho michuruca de chocolate... e aí arrebentou a escala de prazer que o cérebro recebeu. Ok

O teste concluiu que o chocolate proporciona mais prazer que um beijo. Hã? Comé? Peraí...

Em conversa com a Stela, naquele Sábado horrendo de chuva e vento, (onde me perguntei porque raios teria eu gasto meu tempo a secar e tratar da minha juba pra depois ficar irreconhecível) e falamos sobre o assunto. Ela com uma barra de chocolate dietético, daqueles pra enganar diabético, e eu com pena de não ter um chocolate de verdade... nem que fosse um Aero Negro. e fomos concordantes: beijo ganha de 10 a zero ao chocolate.

Sem desmerecimento ao chocolate, que nos acarinha num banho de espuma, que não nos deixa mal numa hora meio blues, que fica ali, com a gente durante um filme...um beijo bem dado... arrebenta a escala.

A experiência pode ter tido as melhores das intenções, acredito que sim, mas gaita...sem comparações. Cada qual com o seu nicho de lugar e estatura.

E não prefiro mais um do que o outro...os dois são tão necessários como...respirar...

Até porque há quem não goste de chocolate, acreditem.. há mesmo.

Apareçam

Rakel.

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